Um povo que acha que Salazar foi o maior português de sempre, é demasiado baixo e pequeno. Provavelmente, nem existe, vegeta, é um povo repolho e sem memória. É um povo que emprenha de ouvido. Primeiro, ouviu os telejornais que anunciaram as grandes obras e idolatraram o Chefe, depois, os outros que anunciam as desgraças de todos os dias, o rol sem fim dos corruptos e inseguranças de cada dia. Realmente ninguém lhes mostra, por exemplo, a descida vertiginosa da mortalidade infantil depois de Abril. Se calhar é por terem saudades do tempo em que Portugal era um alto produtor de anjinhos.
Esta comunicação social que amedronta, que desmotiva, que faz a apologia permanente da submissão ao poder reinante do liberalismo, tem um poder obscurantista em nada menor que o do fascismo. O resultado é a criação desta opinião pública que tem a sabedoria das couves.
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