A morte é fonte de virtude. É a melhor forma de ser reconhecido e, finalmente, ser um bom homem ou uma boa mulher. Mesmo quando o mesmo objeto, em vivo, era horroroso e criticável, se não insuportável.
A compreensão pela dor e infelicidade da mãe que mata os filhos apenas é possível porque decidiu acompanhá-los na morte. Caso contrário seria mais um objeto de uivos incontidos à porta de um Tribunal que a julgasse e o seu ato seria proclamado na primeira página do Correio da Manhã para gáudio dos leitores, que, pediriam punição máxima, mas, da forma como a história acabou, até sussurrarão um «coitada» piedoso.
É complexa a justiça, que, por necessidade de humanidade, deve ser mais governada pela razão que pela emoção.
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