A democracia do alterne é algo que me não convence já há muito. O conceito predomina nas chamadas «democracias ocidentais» sob a forma de ora agora são republicanos, ora democráticos, ora trabalhistas, ora conservadores, ora PS, ora PSD/CDS e por aí fora. E tudo fica mais ou menos igual, recaindo a despesa sempre para os mesmos. Também me não convence a antipolítica com palhaços a chegarem ao poder para... nada fazerem de útil a não ser, eventualmente, satisfazerem os seus egos. Muito menos a não participação ou participações de protesto, sem indicação de sentido. Só haverá eficácia, na escolha orientada para quem tenha algum substrato de classe por trás dos seus programas e, sobretudo, dos seus atos. Pelo menos, é um risco a correr, já que o alterne a nada leva diferente do status quo.
Com efeito o alterne é uma prática em que uns proxenetas (banqueiros e poder financeiro) usam umas prostitutas (forças políticas suas servidoras) para nos levar a consumir (crédito bancário), que é o que dá lucro à casa (a classe dominante). Este é o mundo pouco recomendável em que se sobrevive com a ilusão do prazer da vida. Merece-se mais, mais realidade e menos ilusão. Menos cenoura para fazer o burro caminhar.
Por isso e também para acabar com esta democracia de alterne, lá estaremos muitos daqui a 3 dias, no sábado. Por menos que isso é perda de tempo. O desafio é grandioso, mas a esperança maior.
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