terça-feira, junho 29, 2010

No futebol e não só

Conheço alguns que se acham líderes e sempre se manifestam satisfeitos e contentes com os resultados ainda que eles sejam a eliminação e a derrota. Dantes dizia-se que eram vitórias morais, mas nos tempos em que a moral não vende, afirmam o mesmo para ficarem melhor no retrato, para melhorarem a imagem que nem eles ao espelho conseguem ver. São líderes de plástico, sem programa, sem objectivo e sem estratégia que vá além da liderança a todo o custo. E existem também os liderados que no insucesso responsabilizam os líderes e só no sucesso dão a cara, na posição de desequilíbrio de estar em bicos de pés. Também sem outra preocupação que não seja a defesa a todo o custo da sua imagem.
Uns e outros me parecem perdidos e imagino que na solidão dos seus momentos mais reservados perceberão que a imagem nada lhes vale, porque o desrespeito por tais formas de acção é geral. São generais sem exército e soldados sem comando. Espera-os o esquecimento dos dias que virão, porque a obra exige a insatisfação permanente do seu estado de não terminada e o reconhecimento de quem lhe dá forma.
Tudo o resto é má educação e pouca felicidade tanto no futebol como em outras actividades, teoricamente, muito veneráveis.

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