Às vezes acontece televisão inteligente e para quem quiser aproveitar poderá ser até mais esclarecedor que aquelas conversas assépticas, regradas por tico-ticos da certificação do debate, onde apenas se assiste à mesma festa do costume de malhar no mesmo. Esses debates que levam a que o título do dia seguinte seja PCP e CDS concordam qualquer coisa, porque no calor da refrega anti-inimigo comum se esquecem de realçar e se atacarem nas suas discordâncias.
Mostrar as pessoas, poderá ser mais esclarecedor, mas será necessário desmontar a eventual representação induzida pelo marketing que se irá adaptar a este tipo de notícia e possivelmente controlar a sua eficácia. Para começar e antes dos truques tiveram a sorte de o primeiro entrevistado ter sido este. Espera-se que faça a diferença, porque, afinal, é diferente e os políticos não são todos iguais, ao contrário, do que a propaganda insinua numa sofisticada desmotivação da participação. Mas não participar é o mais perigoso de tudo como já bem reconhecia Platão: «A penalização por não participares na política é acabares a ser governado pelos teus inferiores.» Ou seja o fenómeno não é novo, antes induzido pelos poderosos de sempre na ânsia de perpetuação do seu poder.
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