À estafada cantiga do menos Estado, bom seria que outros o afirmassem, promovendo o melhor Estado. A memória é curta ou a ambição excessiva e as saudades imensas, mas menos Estado foi o que permitiu a evolução recente da História, a roubalheira desenfreada do poder e seus amigos. É o menos Estado que encalhou recentemente a linha Saúde 24, o outsourcing incontrolável. Mas esta gente sem memória não aprende, ou não quer aprender, governados que estão pelo desejo inconfessado do regresso à liberdade individual dos mesmos de sempre, gerador da opressão do mesmo colectivo conhecido. Melhor Estado, como já se vai tendo, quando as certidões são passadas na hora, quando se espera menos por consultas e cirurgias, quando mais jovens são educados mais tempo. Melhor Estado necessário, quando a Justiça for acelerada, dependendo menos das artimanhas processuais de advogados privados, quando se simplificarem processos na busca da eficiência. Melhor Estado fundamental, quando houver Imprensa independente, não controlada pelo poder económico, debitadora de um pensamento único.
Duvido da bondade dos homens, individualmente considerados. Se isso ainda puder ser dito e fazer sentido. Obviamente, é necessário mais Estado.
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