sexta-feira, abril 08, 2005

O risco, os ricos e o papel do trabalho

Que esperar de um mundo em que o risco se associa ao bem estar, que põe desta maneira irracional, a vida na dependência do aleatório? Faz-se o elogio do risco em detrimento da prudência, da sensatez, valores da estagnação. A loucura dominadora de um mundo, necessariamente, cada vez mais louco. A vitória de alguns pelo risco, não será sempre a derrota de muitos mais? Parece que é a isto que chamam a igualdade de oportunidades ou seja ao afundamento crescente das maiorias para benefício de um grupo cada vez mais minoritário. Seremos assim tão poucos a achar que isto não está bem?
Para aqueles que acham que é o trabalho o importante na história, deixo aqui um pouco da realidade.
O dinheiro gera dinheiro quando investido. O investidor não faz mais nada do que assumir o risco. Trabalho não existe, só risco. Se arrisca muito, pode ganhar muito ou perder muito; se arrisca pouco, pode ganhar pouco ou perder pouco. O que ganha, não depende, rigorosamente nada do trabalho, mas apenas do risco que está disposto a assumir. Portanto, ao vermos um rico, podemos ter a certeza que chegou onde está muito mais pela sua capaciddae de irracionalmente assumir o risco do que pelo seu trabalho. Por isso há tão poucos ricos e tantos a trabalhar. Mas isto deve poder mudar...

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