sexta-feira, julho 22, 2011

Direito à vida

O mundo está a tornar-se um lugar estranho para viver. Mas não há outro! Subitamente, podemos ser apanhados numa esquina por um louco e ser desfeitos em pedaços e não foi sempre assim. Por que andam as pessoas tão infelizes ou isto não será um problema de falta de felicidade, mas de pura loucura?
Agora um norueguês doido, amanhã um outro qualquer insano e as ruas ficarão sempre cobertas de vidro e sangue. Pouco há  a fazer, ou apenas ter a sorte de não estar no sítio errado. Mais uma vez a sorte se sobrepõe a toda a racionalidade. O melhor é seguir, apenas.
Inteligentes, os governantes noruegueses continuarão a andar nas ruas sem guarda-costas não sacrificando a vida à triste sobrevivência, como atualmente fazem os norte-americanos. É que há uma vida que não deve ser reduzida a sobreviver e, até prova em contrário, é limitada e o seu tempo não deverá ser desperdiçado a tirar cintos e sapatos e a repô-los, a abrir e fechar malas. Uma vida para viver simplesmente, sem sacrifícios à sua duração no tempo, porque mais vale um instante vivo que dezenas de anos preso numa liberdade que oprime.

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