domingo, novembro 15, 2009

A fuga da arbitragem

Temos esta condição de agirmos mesmo quando nos furtamos a agir e das nossas acções sempre resultam consequências. Muitas vezes, em termos pessoais, a acção é mais incómoda que a sua ausência, mas tanto agir como a negação da acção acabam por ter consequências nas vítimas do acto, ainda que efectivamente seja uma inacção. Sempre qualquer decisão de agir ou não deve estar subordinada, por todas estas razões, não à nossa comodidade, mas Às consequências que resultam. Ou seja, os nossos actos devem estar orientados por princípios éticos e não por eventuais cobardias auto-satisfatórias. Contudo, infelizmente, é raro que seja estritamente a ética a ditar a acção. Daí a grande disponibilidade para a desistência perante a incomodidade, agora que se acha ser esperteza o que dantes era cobardia.

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