segunda-feira, abril 06, 2009

A vã ilusão

Por muito que a cegueira selectiva possa ajudar, deve haver momentos em que a realidade chega ao córtex. Ainda que por instantes, como flashes no meio da escuridão. Nesses momentos, essas imagens deixarão alguma impressão de lucidez e deve doer a sensação de se estar só e o pior deve ser perceber que as miragens de companhia de nada valem nesses instantes. Em flashback devem então vir à consciência o engano que, na verdade mesmo, nunca chegou a enganar, apesar de, em muitos momentos, se ter tido a sensação de ter podido ludibriar meio mundo nos muitos minutos de audiência que se teve. Mas qual a obra feita? Essa é a questão de todas as inquietações a que se não conseguirá fugir mais vezes do que se desejaria. Dá-me alguma pena, ainda que algum gozo também haja misturado. Pois, apesar de tudo, é bom que a impunidade não seja completa...

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