quinta-feira, abril 02, 2009
Interregno
Já se sente a pausa que antecede a espera do que aí virá. Entrámos na gestão corrente, incapazes de fazer prognósticos sobre o que será o dia depois. Já não há grande motivação para prosseguir a mudança. Agora, é tempo de estar quieto, não fazer grandes ondas, assobiar, apresentar o sorriso da satisfação insegura pré-eleitoral. Altura de fazer todos os bluffs e esperar que passe e corra bem. No meio da crise, vão-se perder alguns meses a olhar para o lado, porque a democracia tem destes interregnos em que, realmente, ninguém reina. Fica-se simplesmente a respirar num registo de hipometabolismo basal. Apetece ir de férias e voltar depois.
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