Esta pequenez, delirante de grandeza, comove. No fundo este que era um país de doutores e engenheiros, subiu um degrau ficando exactamente no mesmo nível, transformou-se num país de doutores por extenso e professores, que se autoconsideram importantes, mas a quem, na grande maioria dos casos, ninguém reconhece nenhuma autoridade especial. O título não lhes deu, nem é reconhecimento de uma qualquer cultura, permanecendo apenas e somente isso, um título. O conteúdo destes seres é o título, nada mais.
Quando a isso juntam a reivindicação do poder, tornam-se nos caciques que antes foram os doutores e engenheiros. Constroem jogos de poder às escondidas, esquecendo-se que o secretismo é hoje mais complexo que nos tempos idos em que havia ajudas que valorizavam a alma do negócio.
Dá-me gozo ver o incómodo que lhes causa a descoberta dos seus segredos tão bem, pensavam, guardados. Só que realmente, hoje, um segredo não resiste à guarda de mais de uma pessoa. Vai mau o tempo para o caciquismo. E nada justifica a piedade perante o ridículo, antes pelo contrário. Estes deuses com pés de barro são para quebrar com toda a energia possível da verdade.
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