domingo, fevereiro 15, 2009

Com todos os sentidos


Ali sempre encontro o refúgio da paz na visão do silêncio onde só cabe o chilrear dos pássaros e o anúncio do vento no fim da tarde.
A terra ensopada começa a estar crocante pelos últimos dias de sol. Ao pisá-la tenho a ilusão de estar sobre um gigantesco bolo de chocolate. Um dia hei-de também entender que é o sol que molha o que a chuva quase secou.
Ficarei encantado na visão do fogo que arde antes da noite chegar, sentado no banco debaixo da árvore do tronco retorcido. Imagino que os dias fiquem de um tamanho que agora lhes não conheço aumentados pela audição silêncio, pelo tacto da terra, pelo aroma dos coentros, pela visão do fogo e pelo sabor dos ensopados. Todos os sentidos despertados numa orgia de tempo sem relógios, de sol-a-sol.

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