domingo, abril 16, 2006

Páscoa

O dia de Páscoa era uma altura de juntar tios e primos e muitas vezes acabava em animados jogos de sueca.
Hoje voltou a ser um pouco disso. E foi também um passeio gigante entre os maracujás e a árvore do abacate. «Está um bocado amarelada!». Se calhar nem nunca deu abacates, pensei eu. Do amarelado da árvore fez-se a ligação ao esforço da mulher «mártir do trabalho» para manter as árvores verdes? Num reconhecimento de fragilidade assumida e doída. Por momentos, as ligações restabelecem-se, o discurso toma forma e tem sentido, orientação. Às pernas vem a energia necessária para ir fechar a porta lá do fundo. Como um sol que rompe as nuvens, surge fugazmente um sorriso aqui e além.

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