Um ministro das finanças ocupado a autorizar a compra do papel higiénico é a realidade a que esta coisa chegou. Já houve outro que também era muito poupadinho e gostava de mandar nos seus colegas de ministério. O resultado acabou num abril de há uns anos.
E os sinais são preocupantes quando, por exemplo, começa a fazer escola uma coisa abjeta chamada arco da governação. É como se alguém tivesse decidido que só há um caminho, que o resto é desprezível. Mas aqui a culpa não é deles, é dos que se abstêm, é dos que não pensam, dos que não ousam, dos que ficam a ver o dia seguinte a falar do dia anterior, esmiuçando todos os lances até à exaustão, dos que contemplam a vida dos outros e das outras e se esquecem de ver as suas, dos impotentes e descrentes. E afinal, até há bons conselheiros, prémios Nobel e tudo, que nos dizem para dizermos uma coisa assim tão simples:
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