Ali no meio do mundo ergue frágil os ramos ressequidos. A árvore velha e seca tem um encanto especial mesmo agora que mais não é que poleiro de cegonhas a ver o pôr do sol. Mas é muito mais que isso, é a sombra que foi durante muitos anos, o abrigo dos ninhos da passarada que por lá passou, até os ramos que cedeu às fogueiras que aqueceram os pastores nas noites frias. Tudo isso ela é, porque se é sempre a história do que se foi, independentemente da fragilidade aparente em que se possa estar. Há um encanto especial nas árvores que morrem de pé.
Ainda assim a história do que se foi é infinitamente mais consistente do que o futuro que talvez se venha a ser.
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