sexta-feira, março 09, 2012

A pressa da história

É mais uma peça da coerência do sujeito. A falta de maneiras vem de longe e não só das crises bulímicas do bolo-rei. Esse é o seu fio condutor de ação, truques sucessivos desde aquele dia em que foi fazer a rodagem ao carrito.Esse foi o truque nº 1.
A História, felizmente, continuará a ser feita pelos historiadores, distantes que estejam os factos e as análises possam ser feitas sem a paixão da proximidade do instante. Mas a baixa política está ao alcance de qualquer medíocre e, neste caso, há algo de inquietante. Só o receio de perda de memória poderá explicar que um sebastianista escondido no nevoeiro que que ele próprio criou com seus tabús e alheamento de leituras de jornais, sinta a urgência de revelar agora aquilo que no futuro receie não poder dizer. Possivelmente, só isso justificará tão lamentável texto.
É um texto de livro de memórias a escrever daqui a muitos anos. Só que, dito agora, tem o sabor de outras urgências, como escutas, reformas que não garantem o pagamento das contas, interrupções de férias por causa dos Açores e desculpas para não participar em funerais devido a férias inadiáveis com os netos. Delírios, avarezas. É triste agora  saber que representa um Estado, mas, na verdade, desde o primeiro instante sempre foi triste. Estava nas entrelinhas que não souberam ler. A História registará este equívoco.

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