É possível que seja mais tolerável estar sem comer do que sem a possibilidade de comunicar. É isso que talvez explique que desde a invenção da roda sempre o esforço dos homens tenha, em grande parte, sido criar instrumentos que permitam e facilitem a comunicação e que todos os grandes avanços da Humanidade estejam de alguma forma ligados à comunicação. Curiosamente, as riquezas pessoais e dos povos estão também ligadas à comunicação. Aconteceu aos portugueses nos Descobrimentos, acontece com a criação dos caminhos de ferro, com as auto-estradas e, mais recentemente, com as telefónicas e a Internet. Sempre esta necessidade de interagir e a negação do isolamento. O problema é que, a comunicação é um instrumento e não um fim. Tanto pode usar-se para aproximar, ajudar, promover como simplesmente para convencer, ludibriar, tirar proveito. Nela se baseia o domínio do mundo.
Nada, pois, será possível fazer para impedir a disseminação da gripe, porque o isolamento seria fatal.
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