Ei-los que partiram, incomodados com o ambiente, renegando as promessas, aproveitando as oportunidades de um sistema judicial evoluído. E provavelmente fizeram bem, antes que o povinho assanhado lhes causasse dano. É que este pacato povinho muda facilmente de opinião e os santos de ontem, podem muito bem tornar-se diabos hoje. Depois é um pouco imprevisível e gosta de fazer os esconjuros usando as suas técnicas. O que ainda me surpreende é ver como a Aldeia reage e de lés-a-lés os telejornais se enchem de peritos a discutir o que não sabem. O livro continua aberto, mas temos de nos contentar com a passagem natural das páginas. Geralmente, o mistério só se resolve nas últimas páginas. Pelo meio suspeita-se de muita gente e todos os suspeitos estavam, afinal, inocentes.
A mim bastava-me que informassem a população que não se devem deixar crianças sozinhas enquanto se vai jantar, que isso é uma atitude negligente. Ele há coisas que acontecem. Depois poderiam, quando chegassem à última página do livro, contar-me o epílogo. Chegava. Ficava informado. Assim, não informam, especulam, confundem, baralham, ajudam a desviar a atenção de outros problemas maiores. Mas, afinal, é para isso que lhes pagam.
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