quinta-feira, agosto 16, 2007

T(r)emores de terra

Sempre que há uma catástrofe deste género, sou confrontado com este tipo de notícia. Por que razão se dá esta notícia? Será para tranquilizar familiares de portugueses deslocados no local ou para celebrarmos o facto de desta vez os tugas não estarem no local errado? No primeiro caso, restabelecidas as comunicações e sabendo que há quase 2 telemóveis por português, a notícia é redundante. No segundo caso, choca-me a celebração. É que nestas alturas, talvez seja mais peruano que português e o que choca é que aquelas casas sejam feitas daquela forma e que sob elas morram mais uns milhares. O que choca é que já nem nos terramotos sejamos iguais. Enquanto que no Japão ou nos EUA, aquilo abana, mas morrem meia dúzia, no Perú, na Índia, na Tailândia os abalos são bem maiores. Todos no mesmo planeta e globalizado, não é?
Entretanto o sistema abala porque na sede do Império os empréstimos que pagam os empréstimos que pagam os outro empréstimos, começam a converter-se em dádivas e o Mercado inflacionado pelo marketing que se aguente... Vai haver uns quantos que vão comprar na altura certa do jogo e daqui a uns tempos estarão a celebrar a sua enorme visão, recompensados do seu trabalho no Casino. E os terramotos continuarão a ser ainda mais diferentes. É para isto que aqui estamos?

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