Há semanas excessivamente rápidas. Fica-se até atordoado com o passar do tempo na vertigem em que se está. Baralham-se os tempos do tempo, o presente fica preso no passado do futuro. Haverá, não haverá, só importa agora e quando nos damos conta já foi. Somos o que fazemos ou o que fizémos e deixamos, mas o tempo não acaba. Teremos uma continuidade na vida que temos? O que nos continua?
Ainda me parece que somos feitos de um contínuo. Aliás, mesmo quando ela diz que Foi Assim (não leio o livro dela, nem o da Carolina nem o do Fernando Póvoas por uma questão de higiene) para se desculpar da sua tergiversação na vida, estou convencido que há um fio condutor, a necessidade imperiosa de protagonismo. É isso que a move, é esse o seu programa. Esta semana parece que se converteu a fé católica. Possivelmente, se necessário, amanhã entrará na Opus Dei, ou não, que talvez eles sejam mais exigentes e a não aceitem.
Que espaço temos para a coerência hoje? Como é tão fácil abdicar do sentido da vida, de um rumo em que se acredita?
Individualizaram-nos e perdemo-nos, porque, afinal, somos inviáveis sem uma causa colectiva.
Que alguém nos indique o caminho.
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