Vá que está de cinco estrelas. Vento leste, sabe? Sempre me fascinam estas pesoas que sabem dos ventos e dos tempos. Dos tempos do clima, não dos que faltam a toda a gente, nem se percebe muito bem porquê.
Vou, pois então, gozar o vento leste e a visão das Berlengas escondidas (no nevoeiro?).
sexta-feira, agosto 31, 2007
quinta-feira, agosto 30, 2007
Estatísticas
O Banco Mundial define a pobreza extrema como viver com menos de 1 dólar por dia (PPP)e pobreza moderada como viver com entre 1 e 2 dólares por dia.(Wikipedia)
About 1 billion people—one fifth of the world's population—live on less than $1 a day. Poverty incidence has decreased from 29 percent of global population in 1990 to 18 percent in 2004. At current trends, the poverty Millennium Development Goal (MDG) of reducing extreme poverty by 50 percent from its 1990 level by 2015 will be achieved. At the global level, 12 percent of the population in developing countries will live on $1 a day or less in 2015.Povertynet)
Uma mensagem optimista de que estaremos a melhorar. Acho curiosa esta definição do Banco Mundial, porque considera que para os pobres 1 dólar é a mesma coisa durante 15 anos. Com razão, quem nada compra por incapacidade financeira nem tem inflação, vivem tão mal hoje como há 15 anos, não dando conta de que os preços variam acompanhando os rendimentos per capita.(ver figura) (E os rendmentos do Império aumentam sempre que vão à guerra, será?)
Aos pobres resta uma solução: arranjarem algum e fazerem o investimento no sítio certo. Bastava que vissem a evolução do DJ e teriam o seu problema resolvido.
Que tal subir o limiar de probreza e fazer depois as percentagens? Muito incómodo, talvez.
About 1 billion people—one fifth of the world's population—live on less than $1 a day. Poverty incidence has decreased from 29 percent of global population in 1990 to 18 percent in 2004. At current trends, the poverty Millennium Development Goal (MDG) of reducing extreme poverty by 50 percent from its 1990 level by 2015 will be achieved. At the global level, 12 percent of the population in developing countries will live on $1 a day or less in 2015.Povertynet)
Uma mensagem optimista de que estaremos a melhorar. Acho curiosa esta definição do Banco Mundial, porque considera que para os pobres 1 dólar é a mesma coisa durante 15 anos. Com razão, quem nada compra por incapacidade financeira nem tem inflação, vivem tão mal hoje como há 15 anos, não dando conta de que os preços variam acompanhando os rendimentos per capita.(ver figura) (E os rendmentos do Império aumentam sempre que vão à guerra, será?)
Aos pobres resta uma solução: arranjarem algum e fazerem o investimento no sítio certo. Bastava que vissem a evolução do DJ e teriam o seu problema resolvido.
Que tal subir o limiar de probreza e fazer depois as percentagens? Muito incómodo, talvez.
terça-feira, agosto 28, 2007
Mais uma baixa na Alta competição
Mais uma vítima da Alta Competição. Valeu a pena? Sim, os fabricantes de desfibrilhadores portáteis vão agradecer.
A importância de mais uns centímetros
Ainda agora cheguei a casa e a TSF não se cala com o raio dos centímetros. Por 3 cm, apenas. Isto dos centímetros divide muito a opinião pública. Frequentemente, ouço dizer que mais centímetro menos centímetro isso é perfeitamente insignificante. O significado está além dos centímetros. Por outro lado, diariamente, todos apanhamos com rajadas de spam a oferecerem mais uns centímetros. Vivemos num mundo muito milimétrico. Que tinha a senhora ganho com mais uns centímetros? Uma medalhita para pôr no armário lé em casa, um jantarzito com o Engenheiro daqui a uns dias? Não, se calhar, um novo contrato com quem lhe fornece os sapatos, a camisola ou o calção. Para ela os centímetros teriam sido importantes, para nós, duvido. Aliás, faz-me alguma confusão que, nos dias de hoje, com tantos transportes, alguém se lembre de percorrer distâncias aos saltos (sobretudo não sendo cangurú). Mais confusão me faz que alguém valorize uma coisa destas, mais centímetro menos centímetro. Mas se isto é motivo de notícia, importância deve ter. Só que eu não consigo ver.
segunda-feira, agosto 27, 2007
O Dia Seguinte é sempre o dia de ontem
O jogo demora uns 90 minutos mais uns pós de tempo. Mas a coisa estende-se pelos prognósticos antes do jogo (e toda a gente já sabe que só os do final são relevantes depois do que disse Mestre João) e pasme-se pelo Dia Seguinte (que até se perpetua em blog). O Dia Seguinte é o espaço onde até à náusea se descasca o jogo do dia anterior, o erro do árbitro, a lambada do defesa, a canelada do atacante, foi passe, não foi passe, em resumo, o local onde todos são roubados, onde todos enganam, onde ainda é possível pôr em causa a autoridade que nos rege (o árbitro). E fica-se nesta coisa algumas horas de discurso, onde muito se constrói a opinião pública. No fim a populaça fica mais bem esclarecida e no dia seguinte ao Dia Seguinte já pode esgrimir argumentos com o colega ou o Chefe (disponível para este tipo de argumentação, apenas). O capital de contestação gasta-se assim e o Chefe sorri.
Um jogo de 90 minutos dura, assim, dias de uma conversa interminável e discurso inflamado. E ainda se queixam dos intermináveis discursos do Comandante!!! Benditos sejam os dele, que são bem ditos.
Um jogo de 90 minutos dura, assim, dias de uma conversa interminável e discurso inflamado. E ainda se queixam dos intermináveis discursos do Comandante!!! Benditos sejam os dele, que são bem ditos.
domingo, agosto 26, 2007
Silly season
Anda polémica acesa lá por Braga. Olhando a fotografia do D Peculiar de pau na mão, fica a dúvida da razão. O báculo baqueia encurvando no sentido certo, olhando o chão e a questão é que nesse desvio da rectidão, o símbolo deixa de o ser. Até já antes de andarem às costas do Obélix, sempre os menhires apontaram ao céu. Aliás, a sê-lo, já estava incompleto pela falta de assistência na base, que as coisas para o serem, devem ser completas. Quem contesta afinal, as mulheres, os homens ou será o arcebispo que vê beliscada a sua memória? O Presidente da Junta parece contestar as dimensões, segundo refere a notícia. Será que o tamanho importa, senhor Presidente?
quinta-feira, agosto 23, 2007
Agora
De alguma forma me conforta a mensagem com letra negrito No tasks due que a minha Palm me mostra quase todas as manhãs. É daquelas mentiras convenientes e simpáticas que às vezes usamos. Esta induzo-a eu, não escrevendo as tais tarefas, nunca. Muito melhor é deixar acumular a pilha das tasks de forma imprecisa sem quadradinhos de verificação de cumprimento. E a pilha vai subindo (mais do que a recuperação da Bolsa nos últimos dias) e quanto mais sobe, mais vontade tenho de a não incomodar. Gera-se mesmo uma nova tarefa que é a definição do critério de escolha da tarefa a realizar. Porquê esta e não a outra? Nunca me sinto à vontade com a atribuição de privilégios, prioridades e coisas assim. Até podem as não escolhidas ficar tristes, não? Nesses momentos sabe bem é espreguiçar-me, pensar no poeta que bem sabia que nada melhor é ter um livro para ler e não o fazer e deixar-me ficar à espera que algumas das tarefas passem de prazo. Realmente, uma grande parte das argolas da pilha das tarefas estavam lá apenas pelo acaso do ter de ser, sem nenhuma justificação realmente válida. Porque aquilo que é urgente num instante, muda no que se lhe segue e não há futuro que justifique o desperdício do presente. Mas andam(os) para aí todos numa grande correria até ao dia em que, de repente, todas as pilhas se desvanecem e tudo muda de significado. É um instante supremo de lucidez. Agora, é bastante.
quarta-feira, agosto 22, 2007
Bicicletas de Manhattan
A notícia dizia que os estudantes da cidade de Nova Iorque se estavam a organizar para acabarem com a oxidação das bicicletas que decorre do seu abandono pelos alunos finalistas da NY University. São miúdos jovens que acabado o curso, nem as libertam das correntes a que as prenderam nas ruas de Manhattan, abandonando-as simplesmente, obrigando outros a quebrarem as grilhetas antes da colheita para a lixeira. Agora, vão pôr um aviso e se o dono as não libertar, são eles que as libertam e entregam aos caloiros num acto de reciclagem. Sinais dos tempos.
Mas a questão, para mim, até nem é ecológica. O chocante nesta história, mais do que o lixo que resulta, é a relação das pessoas com as coisas, a atitude usa e deita fora, a ausência de laços. Mas isto deve ser por, quando era miúdo, ter desejado ter uma bicicleta e não ter conseguido.
Mas a questão, para mim, até nem é ecológica. O chocante nesta história, mais do que o lixo que resulta, é a relação das pessoas com as coisas, a atitude usa e deita fora, a ausência de laços. Mas isto deve ser por, quando era miúdo, ter desejado ter uma bicicleta e não ter conseguido.
quinta-feira, agosto 16, 2007
T(r)emores de terra
Sempre que há uma catástrofe deste género, sou confrontado com este tipo de notícia. Por que razão se dá esta notícia? Será para tranquilizar familiares de portugueses deslocados no local ou para celebrarmos o facto de desta vez os tugas não estarem no local errado? No primeiro caso, restabelecidas as comunicações e sabendo que há quase 2 telemóveis por português, a notícia é redundante. No segundo caso, choca-me a celebração. É que nestas alturas, talvez seja mais peruano que português e o que choca é que aquelas casas sejam feitas daquela forma e que sob elas morram mais uns milhares. O que choca é que já nem nos terramotos sejamos iguais. Enquanto que no Japão ou nos EUA, aquilo abana, mas morrem meia dúzia, no Perú, na Índia, na Tailândia os abalos são bem maiores. Todos no mesmo planeta e globalizado, não é?
Entretanto o sistema abala porque na sede do Império os empréstimos que pagam os empréstimos que pagam os outro empréstimos, começam a converter-se em dádivas e o Mercado inflacionado pelo marketing que se aguente... Vai haver uns quantos que vão comprar na altura certa do jogo e daqui a uns tempos estarão a celebrar a sua enorme visão, recompensados do seu trabalho no Casino. E os terramotos continuarão a ser ainda mais diferentes. É para isto que aqui estamos?
Entretanto o sistema abala porque na sede do Império os empréstimos que pagam os empréstimos que pagam os outro empréstimos, começam a converter-se em dádivas e o Mercado inflacionado pelo marketing que se aguente... Vai haver uns quantos que vão comprar na altura certa do jogo e daqui a uns tempos estarão a celebrar a sua enorme visão, recompensados do seu trabalho no Casino. E os terramotos continuarão a ser ainda mais diferentes. É para isto que aqui estamos?
terça-feira, agosto 14, 2007
Basta!
Não preciso de mais indicadores económicos, não me interessa a evolução do PIB, da taxa de desemprego, do crescimento ou abrandamento do crescimento económico, se este índice continua, persistentemente, a evoluir desta forma, a Política em curso está errada. E haja a honestidade intelectual de não se afirmar que os mais pobres, apesar do aumento do fosso para os mais ricos, estão um pouco mais ricos do que estavam. Uma política que gera este valor, está errada. É preciso outro caminho e duvido que passe por reduções de Impostos ou por garantias de sigilo bancário. Lá no tecto da Europa nem os Impostos são mais baixos, nem o sigilo está mais garantido que por cá.
segunda-feira, agosto 13, 2007
Dúvidas e certezas
Em dias assim, quando as decisões são complexas, quase que nos vemos crescer. Dominados pela incerteza, percebe-se melhor o jogo da vida. É o papel da sorte que domina e toda a ciência matemática, subitamente, serve apenas para conferências de suposições, todas longe da verdade e da realidade que importa. Há uma necessidade maior de instinto do que de razão e o caminho faz-se, passo a passo, seguramente com avanços e os recuos que surgirem, em direcção a qualquer coisa. Fica-se infantil, graças a deus.
Nestes instantes, percebe-se também melhor, que ser médico é demasiado duro e grande e que, gerir a vida no meio da dúvida, é bem maior que criar mais valor num balanço contabilístico anual. Como converter em números a gestão da incerteza? Emerge então a arte e fica-se absolutamente intolerante com os marchands. Reforço a certeza da necessidade técnica de agir sem constrangimentos que limitem o instinto e a certeza da necessidade imperiosa de um Serviço Nacional de Saúde, universal e gratuito, que permita a liberdade de escolha. É para isto que alguns nos querem levar?
Nestes instantes, percebe-se também melhor, que ser médico é demasiado duro e grande e que, gerir a vida no meio da dúvida, é bem maior que criar mais valor num balanço contabilístico anual. Como converter em números a gestão da incerteza? Emerge então a arte e fica-se absolutamente intolerante com os marchands. Reforço a certeza da necessidade técnica de agir sem constrangimentos que limitem o instinto e a certeza da necessidade imperiosa de um Serviço Nacional de Saúde, universal e gratuito, que permita a liberdade de escolha. É para isto que alguns nos querem levar?
domingo, agosto 12, 2007
Por aí
Há semanas excessivamente rápidas. Fica-se até atordoado com o passar do tempo na vertigem em que se está. Baralham-se os tempos do tempo, o presente fica preso no passado do futuro. Haverá, não haverá, só importa agora e quando nos damos conta já foi. Somos o que fazemos ou o que fizémos e deixamos, mas o tempo não acaba. Teremos uma continuidade na vida que temos? O que nos continua?
Ainda me parece que somos feitos de um contínuo. Aliás, mesmo quando ela diz que Foi Assim (não leio o livro dela, nem o da Carolina nem o do Fernando Póvoas por uma questão de higiene) para se desculpar da sua tergiversação na vida, estou convencido que há um fio condutor, a necessidade imperiosa de protagonismo. É isso que a move, é esse o seu programa. Esta semana parece que se converteu a fé católica. Possivelmente, se necessário, amanhã entrará na Opus Dei, ou não, que talvez eles sejam mais exigentes e a não aceitem.
Que espaço temos para a coerência hoje? Como é tão fácil abdicar do sentido da vida, de um rumo em que se acredita?
Individualizaram-nos e perdemo-nos, porque, afinal, somos inviáveis sem uma causa colectiva.
Que alguém nos indique o caminho.
Ainda me parece que somos feitos de um contínuo. Aliás, mesmo quando ela diz que Foi Assim (não leio o livro dela, nem o da Carolina nem o do Fernando Póvoas por uma questão de higiene) para se desculpar da sua tergiversação na vida, estou convencido que há um fio condutor, a necessidade imperiosa de protagonismo. É isso que a move, é esse o seu programa. Esta semana parece que se converteu a fé católica. Possivelmente, se necessário, amanhã entrará na Opus Dei, ou não, que talvez eles sejam mais exigentes e a não aceitem.
Que espaço temos para a coerência hoje? Como é tão fácil abdicar do sentido da vida, de um rumo em que se acredita?
Individualizaram-nos e perdemo-nos, porque, afinal, somos inviáveis sem uma causa colectiva.
Que alguém nos indique o caminho.
sábado, agosto 04, 2007
Não ser Deus
Na porta do frigorífico vão-se acumulando os testemunhos de passados de conhecer o mundo, instantes mais ou menos mágicos de um roteiro já relativamente vasto. São activos garantidos de um projecto de futuros sempre incertos. E não vale a pena o recurso à inferência estatística, que isso é ciência mentirosa, absolutamente inútil para o caso. Na verdade, a esperança de vida transcende largamente a Esperança de Vida, que é sempre e apenas uma média. De nada servem as médias, em nada nos ajudam a ser deuses. Arriscado e inútil é tentar sê-lo, baseados em ciências que se não aplicam à pessoa, porque só são verdade para o conjunto da população. Os outliers são sempre possíveis e neles está, com frequência, a esperança, que importa nunca roubar. Assim, sábio foi o outro quando disse que os prognósticos, realmente, só no fim do jogo.
Guardar o já jogado, manter-se em jogo e tudo o mais será, na altura certa, mais uma seriação de presentes, que é mandatório não impedir de serem.
Guardar o já jogado, manter-se em jogo e tudo o mais será, na altura certa, mais uma seriação de presentes, que é mandatório não impedir de serem.
sexta-feira, agosto 03, 2007
Escritos e feitos
Quando, como agora me aconteceu, passo os olhos sobre um «trabalho» médico português publicado, fico, a maioria das vezes, com esta situação estranha de que serve ou serviu mais ao emissor do que aos potenciais leitores. Aquilo deu um trabalho (daí o nome habitual) do caraças a fazer, montes de horas perdidas em pesquisa, revisões e custou literalmente a produzir. Mas o que lá está, já esteve algures, é uma sequência interminável de citações, do tipo «uns fazem assim», «outros de outra forma», sem emissão de experiência própria, a maior parte das vezes inexistente, porque, em vez de fazer, estiveram a ler e a escrever e os que fazem, raramente escrevem por falta de tempo, tão absorvidos estão na produção, porque estes, os que escrevem, pouco fazem. O cúmulo, é porem os escritores a darem ordens sobre a forma de fazer aos que fazem. Mas é muito habitual. Raramente, se publica para dizer qualquer coisa, é mais para se chegar a qualquer coisa onde só se chega pela escrita. É uma esquizofrenia funcional.
quinta-feira, agosto 02, 2007
quarta-feira, agosto 01, 2007
Inflexível insegurança
Duas crianças morreram no interior de um automóvel nos Estados Unidos. A mãe levou-as para o emprego, porque a baby siter faltou. Entre o risco das consequências de faltar ao emprego e o outro risco, escolheu o segundo e errou. Risco por risco numa sociedade de risco, onde se tenta escolher o risco menor e os cálculos falham. Depois as cadeias de televisão farão o resto, mostrarão até à exaustão a negligência. E ninguém falará da inflexível insegurança do sistema.
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