Mais um caso de uma professora a quem recusaram a reforma por motivos de saúde. É curioso, epidemiologicamente, que até agora apenas aconteçam estes casos com professores. Será até motivo para estudo da maior incidência deste tipo de patologias na classe e associação com eventuais factores de risco? Assim, de repente, parece que o trabalho na construção civil terá algum papel na prevenção de certas doenças. Mas adiante. O que achei extraordinário foi a argumentação produzida. Trata-se de uma senhora com cancro do pâncreas, que foi submetida a uma exérese do órgão e na mesma altura ressecção de intestino e esplenectomia. Pela descrição parece óbvia a justiça da reforma antecipada. Estranhei, pois, que neste contexto, a doente alegasse que não podia dar aulas por ter ficado diabética. Há qualquer coisa que não soa bem. A diabetes não é impedimento para ser jogador profissional de futebol e sobem-se montanhas de 5000 metros tendo-se diabetes. Por que se não podem dar aulas?
Como pagador de Impostos (e, indirectamente, de reformas por doença) não posso também de deixar de exigir um grande rigor na declaração de incapacidades e na fiscalização dessas alegadas incapacidades. Não me parece tolerável, por exemplo, que alguém se reforme da sua actividade por motivos de doença e continue tranquilamente a trabalhar, em actividade equivalente, no sector privado. Espero que estes casos não existam, obviamente. Mas exige-se uma fiscalização como no caso das baixas por doença. No mínimo!
1 comentário:
Gostei do pormenor "Espero que estes casos não existam, obviamente"... ehehhhheeehhh :)
será q "esse(s) caso(s)" lê o blog???
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