terça-feira, julho 31, 2007

Idos que ficam



Foram-se embora ontem, os dois de uma vez só. Conheci-os do alto de um balcão do Monumental, que também já partiu. Cada um deles, imprimiu-me o pouco do que sou, como todas as marcas com que nos vamos encontrando. Era o tempo de um cinema que continuava em conversas na Paulistana, também partida. Será que hoje alguém vai até ao café discutir o que acabou de ver no cinema? Era o tempo que ninguém sabia o preço de produção dos filmes e só nos interessava o que neles víamos. E davamos, por bem empregues os vinte e cinco tostões (mais coisa menos coisa, que a memória também não é o que foi) do bilhete.

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