sexta-feira, junho 29, 2007

Pleno emprego ou a briga do poderzinho?


No concreto, um grupo tira os processos e coloca-o com todo o alinhamente o cuidado numas caixinhas. A seguir, outro grupo (com chefia diferente), retira os processos das caixas e redistribui pelas salas respectivas, onde os doentes irão ser vistos. É óbvio que seria uma tarefa gigantesca pedir aos primeiros que os separassem, de início, pelas salas...
Se por vezes houvesse menos pre(ocupação) com a ocupação dos outros, ficariam libertos para se ocuparem daquilo em que os outros, na sua opinião, se não ocupam. Nesta indecisão de saber quem tem de se ocupar e querendo não ficar prejudicado, há esta solução ridícula: divide-se a ocupação pelos dois grupos, mas tem-se o cuidado de a dobrar previamente. Assim a coisa fica equilibrada. Faz-se a mesma coisa duas vezes, dividindo o trabalho por dois. A nossa função pública tem coisas realmente curiosas... Mas na função privada, os mecanismos do absurdo e dos pequenos poderes não estarão, também, seguramente ausentes. O que falta é alegria, na generalidade. A menos que tudo faça parte de uma política de pleno emprego e, nesse caso, até se percebe. Lembro-me, sempre, da imagem no aeroporto de Havana há uns anos em que duas funcionárias limpavam o chão, uma de vassoura e outra de pá.

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