Hoje comecei mal o dia. Na TSF dizia-se que o DB tinha criticado o Primeiro Ministro espanhol por este admitir retirar as tropas do Iraque. E fê-lo em termos perfeitamente lamentáveis agora que já nem é jovem militante do MRPP. O fulano teve uma recaída e insinuou que o motivo da retirada seria tentar-se ficar mais imune a um qualquer atentado terrorista e que essa retirada não tornava a Espanha mais segura do que nós estaríamos mantendo os nossos GNRs por lá.
A história é outra bem diferente. Primeiro, que se saiba Zapatero e o PSOE sempre se manifestaram contra a entrada da Espanha na guerra do Iraque. Segundo, apresentatram-se às eleições com a promessa de retiraraem se o quadro da invasão não fosse entretanto alterado. Terceiro, ainda parece haver na política pessoas que depois de prometerem nas campanhas eleitorais, uma vez eleitos, honram as promessas feitas. É que ao votarem como votaram, os espanhóis, também votaram na retirada. Da mesma forma que os portugueses terão votado com a ideia de que os impostos iriam baixar, as reformas iriam aumentar, por exemplo. Só que uns cumprem, outros não. O que faz perder a cabeça ao DB é que os argumentos que o fizeram optar pelo seguidismo em relação ao Império, vão caindo um depois do outro. As armas de destruição maciça continuam muito bem escondidas e o célebre argumento de que alinhávamos com os nossos aliados mais antigos e os nossos vizinhos também começa a desmoronar-se. Realmente, alinhámos porque não somos capazesde ter perante os americanos, outra posição que não seja aquela em que se perdem as guerras. Por isso não escolhemos a posição dos franceses e alemães. Há que procurar um alinhamento europeu, a América fica longe e esta então é uma miragem até Novembro...
Finalmente, o que não pode admitir-se a um PM é que admita que as opções de participar ou não numa guerra sejam determinadas pelo cálculo dos riscos. As guerras são justas ou não e quando são justas todos os riscos são toleráveis e aceitáveis. Quando não têm razão de ser (como a actual) persistir no erro é simplesmente estupidez. O problema não é errar, é não aprender com os erros. Ainde se lembrará disto, DB?
E não se pode admitir que a estupidez possa pôr em causa relações entre países, que terão de ser vistas sempre com o chamado sentido de Estado. Sinceramente, para estúpido já nos basta ter que aturar o Imperador!
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