segunda-feira, novembro 16, 2015
Pausa
Tratar viroses com antibióticos tem vários problemas. Os antibióticos são ineficazes na eliminação dos vírus, têm custos e, para além do mais, têm efeitos acessórios. Pode ser pior a cura que a doença. Ou seja antes de tratar é necessário perceber as causas da doença. Depois deve tratar-se a causa identificada. O êxito depende disso.
O mundo não está bem, a humanidade está a ser vítima de vários ataques. Dia a dia gera-se desespero, completa ausência de esperança em muita gente e a dor cresce até níveis que se tornam insuportáveis. O conceito de humanidade ficará certamente alterado quando se sobrevive desumanizado. É uma hipótese que nada justifica, mas que possivelmente deve ser tida em conta.
Sim, eu não sou terrorista, eu acho abominável ser-se terrorista, mas eu não sou vítima de alguns ataques a que a humanidade está sujeita. Não sou palestiniano, iraquiano, sírio, não sou europeu jovem e desempregado, nem vivo em subúrbios de uma qualquer cidade europeia. Eu não sei o que se sente aí. Nem imagino bem, mas é quase certo que não terão a esperança e o gosto de viver que eu tenho, ou seja, temos significados diferentes de vida. Nem sei se o encerramento da esperança e a dor que provocará pode levar as pessoas a usarem a religião como analgésico. Eu apenas sinto que o mundo não está bonito, mas eu vivo na parte mais bela dele, nem preciso de estar resignado para sobreviver. Eu vivo e sinto que é urgente tornar o mundo mais feliz, mais gostoso para viver. Isto é muito complexo, certamente. Mas a humanidade não tem muros a separá-la, é global. É fácil dividirmos a globalidade em bons e maus, mas será esse o caminho? Será assim tão simples a complexidade do mundo? E fico chocado, revoltado com a barbárie, mas tenho muito medo também dos tratamentos fáceis para doenças complexas. Que poderemos nós fazer por um mundo melhor? É uma reflexão necessária se não se quiser ir pelos tratamentos errados e sofrer os custos e os efeitos adversos dos erros terapêuticos.
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