É o que dá ser-se primeiro ministro num país sem serviços de informação capazes. Fica-se mal informado e na meditação dos gabinetes não se sente o pulsar das gentes. É que, na verdade, NÃO HÁ PACIÊNCIA!
Não há paciência para a virtude do desemprego crescente, não há paciência para a esquizofrenia da religião deste governo, não há paciência para ministros a discursarem a 15 rotações, não há paciência para assistir sentado à destruição do Serviço nacional de Saúde onde se propõe a contratação de médicos apenas pelo critério dos que forem mais baratos, não há paciência para a praça da jorna que a sua ignorância não imagina o que seja, não há paciência para continuar a ver as empresas a falir, não há paciência para contemplar o definhamento da economia, não há paciência para as miseráveis cantinas sociais, não há paciência para ver os advogados contorcionistas a brincarem à justiça inexistente, não há paciência para mais escolas a não ensinar, não há paciência para ver um governo que não governa, que esmaga, que mata com a sua ideologia fundamentalista um país.
Não há paciência para nos chamarem piegas, não há paciência para nos mandarem emigrar, não há paciência para nos darem a suprema oportunidade de estar desempregado.
Paciência já não há, mas ainda não chegou a impaciência, o que é diferente, mas não tardará.Atordoado o mar recua, antes da onda gigante chegar, senhor vá elogiar o raio que o parta e vai ser lindo quando ela cá chegar levando tudo à frente, sobretudo os seus discursos do elogio da paciência.
Não há paciência para a vossa cultura de uma cartilha lida à pressa, o vosso livrinho não sei de que cor será, por muito que o agitem, os seus dogmas não vão resolver nada. Simplesmente, sinto, que não há paciência. Acabou.
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