quinta-feira, maio 13, 2010

Mar e mar

Podem dizer que era um mar de gente, porque os mares são de muitos tamanhos e até os há que são mortos de nome. E gente também a há de muitas formas, se bem que às massas mediáticas nem sei se gente se pode, em boa verdade, chamar. Pode dar-se o caso de quando só se vê, nem se estar verdadeiramente a existir, que isso é mais agir e pensar que observar embevecido na contemplação. Aí, pode mesmo mergulhar-se numa alienação de existência. Custa-me a entender a diferença entre um concerto roqueiro na Bela Vista e o tal mar de gente na Cova da Iria. Há outra energia noutros rios de gente, (porque os rios fluem e os mares estão estagnados), como foram aqueles do 1º de Maio de 74 ou o da despedida ao Álvaro Cunhal (onde nem sequer houve necessidade de tolerância de ponto).

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