Não seria de esperar que alguma vez o PR criticasse o génio, que foi buscar em tempos a Madrid: Jardim Gonçalves, um quase salvador da pátria. Parece que ainda agora merece andar guardado e viajar em jacto privado tudo pago pelos accionistas do BCP, o banco modelo que tanto tem produzido para bem de todos nós. Estes visionários têm de ser bem protegidos.
Outros que tanto e tão depressa fizeram avançar o liberalismo recentemente são condenados a penas impossíveis por muitos esquemas piramidais que inventem. A morte será ainda o limite mais democrático e igualitário para todos, embora neste caso pudesse ser adiada para manter o símbolo bem vivo durante muitos e muitos anos. Mas seria também importante e da mais elementar justiça que os que lhe estiveram mais próximos não beneficiassem de alguma forma com o crime. Até para que ele visse alguma da ruína que induziu, mas sobretudo para que outros investidores e criativos da gestão se inibam de ser tão geniais.
Importante também seria que tivesse sido condenado a não escrever as memórias ou a qualquer outra forma de transformar a desgraça em benefício. Mas isso também seria pedir demais a um sistema que, na verdade, até lhe reconhece alguns méritos. E, qual hidra, o sistema mantém-se...
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