A morte é o cabo dos trabalhos. Para os sobreviventes é uma romaria entre conservatórias dos vários registos, departamentos urbanísticos das câmaras e repartições de finanças. Na terra do Simplex, tudo isto está desconectado e em cada um dos locais a mesma realidade é lida de formas diferentes. Por isso, neste final de ano, decreto a impossibilidade da minha morte nos próximos 50 anos, para simplificação dos que me sobreviverão. A partir dessa data já tudo deverá estar simplificado.
A morte é a realidade dos palestinianos neste final de ano. O homem da mudança vai tentando acertar nos buracos do golf no Hawaii enquanto Israel cava buracos na faixa de Gaza numa reedição do Holocausto.
De morte é a política cá na terra. Há uma lei que é aprovada por todos os deputados e há um Presidente iluminado que acha que ela põe a Pátria em perigo. Fala de deslealdade de outro órgão de soberania. O que faz perante a pátria em perigo e a deslealdade? Uma comunicação ao país! Como reage o país? Não o ouviu, os portugueses tinham corrido para os Centros Comerciais à procura dos saldos. Realmente só um país surreal pode não ter eleito um poeta.
Ferida de morte estará também a Santa Economia Liberal. The game is over. A ver vamos, que perante tanta morte num só ano, necessária se torna um Renascimento de Vida no ano que vai chegar.
Bom Ano Novo a todos os que não desistem.
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