quinta-feira, maio 03, 2012

Pós abril e maio

Era num misto de esperança e medo que diziam, naqueles tempos, esse é do contra, quase como se, o facto de os conhecerem, lhes pudesse pôr em risco alguma coisa. Esta gente sempre gostou de estar acomodada, cobardemente sossegada à espera da mudança. E a mudança chegou numa madrugada já distante, ou melhor, a esperança da mudança, porque o medo da mudança rapidamente gerou desconfiança relativamente aos que eram do contra e agora tinham mudado tudo. Aí a cobardia de mudar da maioria silenciosa procurou soluções que pouco mudam e assim tem sido já lá vão mais de 30 anos, uma geração, em que o alterne tem dominado e levou isto ao estado de coisas a que se chegou. Quero nesta altura dizer a esses que não querem mudar que ao menos parem de me enviar mensagens eletrónicas em que, alternadamente, vão dizendo mal, ora de uns ora dos outros e votam ora nos outros, ora nos uns rumo ao abismo, quando o caminho necessário é rumar para o futuro.
Chega de preguiça, de superficialidade, de pouco trabalho e de ser mediocremente do contra. Basta de ter medo de mudar! É tempo de ser do outro contra, a favor da esperança e das pessoas para que a primavera, ainda que tardia, possa florescer. E, é claro, que se lixe a santa economia, essa a liberal, porque, afinal, economias há muitas!

terça-feira, maio 01, 2012

Dia de quebrar as cadeias


Uma das cadeias de merceeiros que nos governam decidiu fazer descontos de 50% no dia de hoje. O merceeiro-chefe deve estar divertido a ver que os seus empregados trabalham a dobrar no primeiro de Maio. A canalha, às vezes, é sádica e diverte-se com estas pequenas vinganças.
Com manobras destas, de legalidade até duvidosa (dumping?), conseguem publicidade gratuita em horário de telejornal, mas acima de tudo maculam um dia que deveria ser de festa popular, convertendo-o em dia de consumo idiota.
São estes «donos de Portugal» que nos levaram onde estamos. É urgente despertar, identificar com rigor o poder político que os mantém e dar o chuto piedoso a uns e a outros. Não é de intermediários que necessitamos, mas de trabalho sério e produtivo.
Ouçamos e cantemos: