quinta-feira, fevereiro 23, 2012
Zeca
Ele até sabia que a troika andaria por cá 25 anos depois!
Ainda agora e sempre há música que nos arrepia. É isto a arte, o que fica depois de todas as certezas e ilusões efémeras.
Depressão
Disseram-lhe que se descesse até ao fundo, poderia, finalmente, começar a subir a rampa. Não lhe falaram da inclinação que tinha, nem se teria fim algum dia. Quando expressou as dúvidas que tinha, chamaram-lhe piegas. Perceberá um dia que fazer o caminho sozinho é insensato.
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
terça-feira, fevereiro 21, 2012
Carnaval
Hoje o país brincou ao Carnaval com as ordens do sr Primeiro. Não se trabalhou quase generalizadamente. Desobedeceu-se. Respeitou-se o costume. Muito maior que qualquer greve geral, pareceu-me.
Estado, famílias e empresas devem 715000000000 de euros. A quem, uns aos outros?
A troika anda por aí a apanhar sol sem pagar impostos.
Estado, famílias e empresas devem 715000000000 de euros. A quem, uns aos outros?
A troika anda por aí a apanhar sol sem pagar impostos.
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
Momento de fascínio
Mais fascinante que a endocrinologia dos comportamentos, parece-me ser o comportamento dos endocrinologistas.
quarta-feira, fevereiro 15, 2012
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
«Há sempre alguém que diz não», porque a vida vai além dos anos acumulados, do cálculo de vazios de braços estendidos. A facilidade e a pieguice do rebanho não fazem história, porque dos fracos ela não reza. A força de cruzar os braços, quando a horda os estende submissa, tem, é claro, uma consequência: hoje ninguém sabe o nome de nenhum dos que na fotografia estendiam a pata, mas sabemos o de August Landmesser.
quinta-feira, fevereiro 02, 2012
Amnésia ou demência?
Paul Krugman:
Half a century ago, any economist — or for that matter any undergraduate who had read Paul Samuelson’s textbook “Economics” — could have told you that austerity in the face of depression was a very bad idea. But policy makers, pundits and, I’m sorry to say, many economists decided, largely for political reasons, to forget what they used to know. And millions of workers are paying the price for their willful amnesia.Half a century ago, any economist — or for that matter any undergraduate who had read Paul Samuelson’s textbook “Economics” — could have told you that austerity in the face of depression was a very bad idea. But policy makers, pundits and, I’m sorry to say, many economists decided, largely for political reasons, to forget what they used to know. And millions of workers are paying the price for their willful amnesia.
Diz quem sabe, que eu pouco sei além de saber, que os economistas sabem isso e o contrário, porque, ao contrário do que dizem alguns, no que dizem e escrevem traduzem sempre a sua posição das classes a que são fiéis e, essas, garanto eu, ainda não acabaram e lutam como sempre fizeram.
Half a century ago, any economist — or for that matter any undergraduate who had read Paul Samuelson’s textbook “Economics” — could have told you that austerity in the face of depression was a very bad idea. But policy makers, pundits and, I’m sorry to say, many economists decided, largely for political reasons, to forget what they used to know. And millions of workers are paying the price for their willful amnesia.Half a century ago, any economist — or for that matter any undergraduate who had read Paul Samuelson’s textbook “Economics” — could have told you that austerity in the face of depression was a very bad idea. But policy makers, pundits and, I’m sorry to say, many economists decided, largely for political reasons, to forget what they used to know. And millions of workers are paying the price for their willful amnesia.
Diz quem sabe, que eu pouco sei além de saber, que os economistas sabem isso e o contrário, porque, ao contrário do que dizem alguns, no que dizem e escrevem traduzem sempre a sua posição das classes a que são fiéis e, essas, garanto eu, ainda não acabaram e lutam como sempre fizeram.
quarta-feira, fevereiro 01, 2012
Autoconsolado
O narciso debruça-se contemplando a sua imagem e sente a beleza que é. Também a feia se olhava ao espelho e perguntava, quem, é mais bela do que eu espelho meu? Há uns seres assim, refugiados no espelho autocontempando-se, fugindo como o diabo da cruz da apreciação dos pares. Pares? qual quê, eles são ímpares, superiores e seria ridículo submeterem-se a apreciações externas. Ao prazer partilhado abdicaram, tendo optado, há muito, pela autoconsolação.
O mais estranho em tudo isto nem é a sua opção, que a insanidade sempre será possível, mas a tolerância social. Essa custa mais a entender, mas muita coisa anda às avessas, embora a solução não seja a longo prazo o plantar as couves com a raiz virada para o ar, porque isso as fará morrer. Vai demorar algum tempo, mas acabará inexoravelmente por ser assim.
O mais estranho em tudo isto nem é a sua opção, que a insanidade sempre será possível, mas a tolerância social. Essa custa mais a entender, mas muita coisa anda às avessas, embora a solução não seja a longo prazo o plantar as couves com a raiz virada para o ar, porque isso as fará morrer. Vai demorar algum tempo, mas acabará inexoravelmente por ser assim.
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