sexta-feira, agosto 09, 2013
Saudades de futuro
Tanto tempo passado a imaginar as realizações de amanhã só poderiam ter resultado nesta imensa saudade de futuro.
quinta-feira, agosto 08, 2013
O risco do conhecido
Todo o percurso histórico do homem tem sido no sentido de acabar com o desconhecido, perceber os fenómenos, prever melhor os males e dessa forma ter mais garantias de uma vida mais segura estando-se mais habilitado a enfrentar as dificuldades adivinhadas. É como se os homens fossem avessos à incerteza e, por natureza, procurassem a garantia e a segurança que o conhecimento dá. É da nossa natureza tentarmos controlar o meio em que nos movemos. Prevemos melhor as intempéries, sabemos atempadamente qual vai ser o sexo dos nossos filhos, não nos enganamos a chegar a um destino, orientados que vamos pelo GPS e, cada vez mais, o gozo da surpresa fica limitado a coisas como os números do Euromilhões. O aleatório é o limite do conhecimento e, progressivamente, o risco do desconhecido se vai reduzindo mais e mais. Mas, como tudo, nada é absolutamente perfeito. Esta realidade faz com que não seja mais possível a fantasia da descoberta. A maneira como vou chegar às cataratas Vitória é radicalmente diferente do que Livingstone viveu. Eu já as vi dos vários ângulos em que o Youtube me as mostrou e fica-me apenas a esperança da surpresa possível de a visão ao perto não ser gravável nos filmes que se fazem. É a ilusão que se leva havendo, ainda assim, o risco de o que se viu filmado ser uma mentira melhorada da realidade.
É o risco do conhecido
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