Perdido no meio de nada acontecer, que quotas ou não para mulheres e nascer ou não em Elvas quando Badajoz está ali mesmo à vista e com maternidades seguras, é mesmo nada. Ou pior que nada, quando se vê o argumento patrioteiro sair da boca de quem parecia capaz de não ceder ao fácil. Nada, tudo isto é muito pouco ou quase nada.
De caminho passei por Glasgow, cidade onde apenas se deve ir a caminho de alguma coisa como a mim me aconteceu, de um Congresso Europeu de Endocrinologia, mas mais do que isso da possibilidade de nascer algo que enfrente a poderosa América, à primeira reunião da European Society, titubeante ainda entre interesses patrioteiros e a afirmação do global, condição única para ser grande, mesmo maior que a Endocrine Society. Que o Norte se imponha ao Sul e o caminho será fácil!
Em Glasgow vi, como um Lord de outras eras aqui viu também, gente porca cuspir no chão e disso aqui deixo registo. Uma terra onde é diariamente sexta-feira tal o índice de bebedeira que nas suas ruas se observa. Um escarro neoliberal. Em coisas e paisagens muito semelhante a cidades americanas do interior, de ruas direitas e largas onduladas pelas colinas suaves. São Francisco, sem porto nem leões marinhos e também sem Alcatraz e sobretudo sem Sausalito.
O resto foi tudo coisa vista. De cá meia centena de clínicos gerais em passeio com argumento de congresso, as mesmas conversas de jantares e de interesses que sempre se ouvem nestes locais. Tédio, bastante tédio e o risco de uns quilos a mais no regresso.
Chegado entre notícias de vitórias impossíveis, que Liverpool não acontece duas vezes, surge de novo o nada acontecer até que hoje, finalmente, Chirac cedeu e Prodi talvez ganhe. Do mal o menos, que mais não gozarei que pequenos contentamentos, tal a falta de crença a que cheguei.
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