Foi fácil vê-lo ontem, ao lado da auto-estrada. Conhecido e anunciado. Mas, a capacidade de ver o nunca visto e que sempre ali vai estando escancarado à frente dos olhos. Quantos olhos viram a imagem, quantos anos foram necessários para ter sentido?
Sentir a anomalia, no silêncio da observação. Partilhá-la depois. Porque a compreensão do observado quase nunca será um acto de um homem só. Afinal as realizações são sempre muito mais colectivas e complexas. Só por grande necessidade de simplificação se atribuem as descobertas a homens isolados.
E quantas imagens óbvias aí andam que nos podem passar despercebidas se não houver já tempo de olhar o seu silêncio em silêncio.
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