Que opinião tem das urgências em Portugal? O que pensa da política para a Saúde que está a ser seguida pelo ministro Correia de Campos, relativamente a estes serviços? Que soluções poderiam ser usadas?
Estas são perguntas do sítio da Visão de hoje. Fico muito curioso com as respostas que por lá aparecerão. No país do acho, é desta informação que precisamos. Precisamos basicamente de ir deitando, um após outro, ministros abaixo. É assim que se gera valor para a Impresa e companhias afins. Quando temos um problema, nada melhor do que ir perguntar à ignorância como se resolve. Assim se tem feito e os resultados são estes que se vêem.
Aqui se regista o comentário que para lá enviei:
As urgências são o espelho da falência do sistema de cuidados de saúde primários. Estes por sua vez falham, porque têm poucos médicos e frequentemente médicos pouco preparados, mas falham ainda muito mais porque tem sido desacreditados de forma crónica e sistemática por sucessivos Governos, que sempre têm olhado para a resolução dos problemas do acesso à saúde, como um caso de hospitais. É este modelo de que são responsáveis todos os Partidos e também médicos e não só, que tem de ser posto em causa: teremos de ter mais médicos de família que médicos hospitalares, teremos de ter acesso facilitado ao nosso médico. Se isso não existir, continuaremos a ter serviços de urgência onde se fazem consultas que não são de urgência, onde não existem médicos a menos, mas doentes a mais. E não há volta a dar-lhe.
O Ministro CC sabe do assunto e iniciou o tratamento criando USFs para descomprimir a procura de consultas nos Serviços de Urgência e tenta racionalizar o acesso âs urgências. Será que o fez de uma forma bem calendarizada? Mas o caminho, não parece longe do correcto, apesar da sua falta de paciência para explicar a coisa. A dúvida que me resta nesta ânsia de substituições ministeriais é saber até que ponto algum mau feitio não será preferível a alguma simpática ignorância de outros.
Sem comentários:
Enviar um comentário