Ganhou quase todas as batalhas, mas foi de vitória em vitória até à derrota final. A sina de Ferro Rodrigues (Expresso)
Curiosa esta vontade de enterrar algumas pessoas rapidamente, confundindo-se batalhas com guerras, de forma arrogante. Quem não consegue ter da política outra visão que não seja a da estratégia que conduz à tomada do poder, é natural que considere errado que Ferro Rodrigues se tenha demitido. É o que faz o editorial deste jornal este fim de semana onde se afirma que o ex-secretário-geral do PS, só tinha viabilidade à frente do PS numa lógica de poder e que a sua demissão foi esclarecedora a esse respeito. Até parece que nestes partidos (PS, PSD, PP) há outra lógica para se manterem as lideranças que não sejam o poder, o poder que dá empregos, que é o único que verdadeiramente asseguram e por que lutam. Mais curioso, foi verificar que alguns líderes são tão frouxos que nem tendo o poder conseguem calar alguns dos seus companheiros e quando encarregados de formar um ministério têm de recorrer aos amigos.
O direito à indignação, uma atitude de verdade alguma vez na política não conta para alguns analistas. Será que não conta para ninguém?
Sem comentários:
Enviar um comentário