Nem foram assim tantas. Só que a estas, o vento não leva. Ficam aqui registadas de forma definitiva para me inquietarem memórias futuras, para me fazerem olhar para trás, umas vezes com espanto, outras com um sorriso piedoso perante a constatação da ingenuidade finalmente percebida. Estas e as que ainda virão, serão as bengalas do reconhecimento dos meus tempos, da forma como me relacionei, aqui e além, com os instantes. São para sempre alguns dos desabafos e das esperanças que tive.
Quarenta e sete mil quatrocentas e cinquenta e oito palavras que alguém, que não eu, contou. Um ano de débitos (duzentos e noventa e sete) quase diários, cinco por semana.
Fundamentalmente, foram escritas para a memória que hei-de ter. Quis o acaso que por mais de 4000 vezes outros as viessem ver e alguns (poucos) as comentassem. O registo vai continuar aberto, prometo (a mim), porque nos aniversários sempre há promessas e desejos para cumprir.
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