Não tenho dúvidas que é positivo poder ver isto denunciado e que a liberdade de imprensa é um bem. Mas também tenho o dever moral de perceber que a liberdade de imprensa não é a Liberdade e que não basta fazer as denúncias dos crimes para que eles deixem de existir. Melhor que ter a liberdade de dar a notícia era ter a liberdade de a notícia não existir. Os autores destes crimes, arrogando-se em defensores da liberdade (que muitas vezes confundem apenas com Estados Unidos), são useiros e vezeiros nestas práticas. Tudo bem, a guerra é a guerra. O que não defende a Liberdade é a sua não aceitação de serem julgados nos tribunais internacionais respectivos, garantindo o seu direito de fazer o que lhes parecer melhor para a «defesa da América», seu real bem supremo. Matar civis no Afeganistão é tão terrorista como matá-los em Manhattan. Ou mesmo mais, se for tido em conta o grau de desenvolvimento dos criminosos.
Mrs Pallin irá certamente defender a vida dos fetos, mas dormirá tranquila com as mortes das crianças afegãs.
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