Têm sido tempos de enriquecimento estes últimos. Tenho vindo a perceber melhor a causa de algumas coisas. No contacto com as pessoas que têm dirigido o hospital, verifico que é constante a noção de isolamento em que estão, voltados para dentro do seu mundo, não entendendo minimamente que estão integrados numa estrutura, muito menos numa empresa. É quase uma esquizofrenia. Querem definir tudo a partir do seu mundo, como as crianças mal educadas que se acham com direito a tudo. Insatisfeitos, pedem o mundo todo. Como eu, que pedi o mar quando me deram um barco pelo Natal. Exemplificando, funcionam assim: que espaço preciso para atendimento nas consultas? Tenho x médicos, mais y internos, logo preciso de x+y gabinetes alguns dias por semana. Como se a consulta servisse paa alojar os médicos do serviço e não para atender os doentes... Vai ser complicado, faze-los entender que têm x consultas a fazer e que para isso precisam de y horas nas quais vão empregar alguns dos seus médicos a trabalhar y horas e que o número de médicos não entra na equação.
Se calhar todo o país funciona assim, esquizofrenicamente a contemplar o umbigo. Ou não funciona...
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