Riram, dançaram, pularam, cantaram porque a causa de todos os males perdeu e foi-se embora. E já tinham feito o mesmo ao Santana Lopes, ao Durão Barroso (ou este foi tratar da vida antes que a coisa azedasse), ao António Guterres, ao Cavaco Silva, ao Mário Soares. Bestiais no dia em que ganham as eleições, umas Bestas no fim (ou no meio) dos mandatos. Fracos em tudo até na memória. Desta vez a coisa foi ainda mais longe e, com esta votação, fica provado que quase 80% aprova a ditadura do triunvirato (à moda de Portas). Fulanizar é a forma mais fácil que a preguiça encontra para julgar não se percebendo que o problema não está nos réus, mas na preguiça dos juízes. E porque são eles que decidem e o não sabem fazer porque não trabalham a decisão, não refletem sobre ela, continuam a fazer as escolhas tortas. Dentro de alguns meses o número dos que não tiveram nada a ver com isto aumentará e a maioria de hoje é a minoria de amanhã. Mais cedo do que muitos pensarão. É que a vida das pessoas faz-se com as pessoas da vida e não com as imagens que delas se criam.
A consistência da esquerda reforçou-se, ainda que a esquerda de Telheiras, fraturante e liberal tenha quase desaparecido em parte, possivelmente, porque jogou (in)utilmente na salvação do Grande Líder.
É engraçado olhar para isto desde longe, desde a terra onde estão os males do mundo, onde curiosamente sinto alguma depressão que se vai mantendo ainda que tenham um presidente inteligente, mas também ele dominado pela cultura e o poderio do Poder Financeiro. Há muito mais a mudar do que as pessoas ou como se diz não basta mudar as moscas... Enquanto isso se não faz lá vamos cantando e rindo.
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