Quando chego pela noite, encaro-os especados na beira da estrada indecisos no caminho a seguir. Geralmente, decidem-se pela travessia brusca ou atiram-se contra as cercas de arame procurando enfiar-se onde calha. Nervosos, sem rumo, os coelhos. São novitos, pouco refletidos, inseguros no caminho, a tentarem mostrar a eficácia de que são capazes em zigue-zagues sem fim, com passos rápidos e precipitados.
Algo de semelhante acontece ao outro Coelho, que agora escolheu um nobre sem tradição para lhe liderar uma lista que a primeira escolha tinha recusado. Nobre de segunda escolha e logo candidato a segunda figura do estado. Boa escolha para quem não quer dar só um tiro no pé, mas auto-amputar-se sem demora!
2 comentários:
Muito bom este seu texto (mais um). Acho que Portugal está a tornar-se um país de escolhas difíceis. Qualquer dia, já nem de terceira escolha...
Onde é que nós vamos parar com "políticos" assim?
Brilhante!!!
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