Cancun é uma tira de hotéis estendida ao longo de muitos quilómetros a norte do aeroporto. O que se faz em Cancun? Vai-se à praia que tem água azul-turquesa com temperatura generosa. Compram-se viagens para ir ver algo diferente (além de ir à praia) em locais a 2-3 horas de viagem. Portanto, e como há praias perto desses locais, o mais sensato é ir para um hotel nesses sítios e poupar umas horas de sono no hotel mal substituídas por sestas nos autocarros.
Ficando em Cancun pode facilmente andar-se de uma ponta à outra da tira dos hotéis de autocarro a custo baixo (0,5€/viagem). Há centros comerciais e clubes nocturnos e praias onde os hotéis não cobriram o chão. Também restaurantes para vários gostos. E polícia a fazer barreiras e a revistar carros, que o narcotráfico não dá tréguas.
Portanto, o melhor quando se vem a Cancun é sair de cá e ir até Chichen Itza, Tulum e a parques de diversões como Xeh-la e Xcaret. Nos primeiros vemos calendários gigantes e fica-se parvo como foi possível fazer aquilo naqueles tempos. Nos parques, goza-se a água quente a céu aberto ou em rios subterrâneos (artificiais?) ou pode caminhar-se no fundo de um aquário de 7 metros de profundidade (carregando uma máscara à maneira de astronauta ligado à cápsula por um tubo que nos garante o oxigénio), para ver uns tipos dar de comer aos peixes enquanto outros mayapaparrazi nos tiram fotografias. Há também postais ilustrados onde se pode ficar deitado à sombra e gente geralmente bem educada por perto que tenta ser prestável (quando por exemplo se cai de um passeio abaixo... os passeios à beira da estrada têm um desnível de cerca de 30 cm!). Há ainda a versão de tormenta com ventos fortes de dobrar copas de palmeiras em que começa a ser complicado descobrir algo que fazer. A ida a downtown apenas confirma que Cancun não existe ou como diz um dos guias, em busca da propina, aqui não se produz nada, vivemos da vossa generosidade. Voltem sempre! E, na verdade, apetece fazer-lhes a vontade pela temperatura da água e pelos locais onde o sossego é possível desde que se não ande no contra relógio do guia turístico. Também pelo conhecimento que noutros tempos aqui houve. Para reflectir e ficar longe do pequeno mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário