sábado, outubro 18, 2008

Desgostos

Se calhar até exagero na apreciação que faço, por o Jardim não me deixar ser completamente independente na análise, mas há qualquer coisa que desencanta no contacto com os habitantes desta ilha.
Não gosto aqui, da mesma forma que não aprecio em Marrocos, na Tunísia ou na Turquia, por exemplo, que os táxis tenham um objecto de adorno chamado taxímetro. Nem que me peçam 15 euros para me trazerem do Monte à baixa e que invoquem que já acabaram o dia de trabalho, mas que, me fazem o favor de me levar. Regateado, fica mais barato. Na viagem até parece que o homem se transforma. Fica simpático, vai mostrando a terra, revela-me a casa do Senhor Doutor (assim, exactamente e por extenso) Alberto João a meio da encosta, uma casa alugada, precisa.
Não aprecio que generalizadamente os artigos expostos nas montras não tenham o preço explicitado. Estas coisas também são manifestações de subdesenvolvimento.
Há uma técnica mal aprendida fazer parecer que se gosta do turista.
E já agora chateia-me ter de esperar para jantar quando o representante do governo local chega atrasado à função e que a partir do momento em que chega tudo gire à sua volta de forma subserviente.
Houve tempos em que também por cá o Diário da Manhã e os telejornais falavam de Sua Excelência o Senhor Presidente do Concelho Professor Doutor qualquer coisa. Hoje, em bom português, diz-se simplesmente Sócrates ou Cavaco. Mas não em madeirense.

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