Como se houvesse uma imperiosa necessidade de drama, dificilmente hoje se consegue dizer que alguém é saudável. É só procurar um pouco mais, fazer umas análises mais, acabar-se-á por encontrar qualquer coisa. Parece ser esse o objectivo de alguns médicos e, estranhamente, dos próprios doentes. Acha mesmo que está tudo bem? A melhoria é franca, mas há uma interiorização do mal, da necessidade do drama. Estamos num mundo pouco optimista, à defesa. Donde nos vem este medo que nos leva à contenção, à falta do golpe de génio, a arriscar? Há demasiada ciência e matemática nas nossas vidas, estamos a ficar demasiado precisos e prudentes, numa palavra, sem graça. Será o medo a arma de que o sistema carece para se manter? Tudo tão longe do Vitória ou Morte! Mas afinal que é a vida sem vitórias? Prolongamentos e mais prolongamentos para tudo se decidir na lotaria das penalidades.
Foi o jogo de que mais gostei, três grandes golos! Que importa a derrota?
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