quinta-feira, abril 14, 2011

Três perguntas sobre a motivação das coisas

  1. Será que se construiriam hospitais se não houvesse doentes?
  2. A existência de médicos, só por si, justificaria o investimento? 
  3. E, já agora, os construtores civis seriam motivo suficiente para ter de os fazer? 

terça-feira, abril 12, 2011

Do virtual ao real

Começaram por dançar o tango, amuaram, depois foi às escondidas. E quem começou por dizer que tinha sido só (virtualmente) ao telefone, assume agora finalmente a relação real. Pelos vistos correu mal e foi um ato interrompido com todos os malefícios que isso traz à saúde e ao bem-estar.
Do virtual ao real ou os (maus) passos do coelho na busca da toca poderia ser o título longo da novela.
Mais coisa menos coisa estamos condenados a seguir os episódios deste amor mal-assumido, que acabará possivelmente em casamento com chispas de ódio e traições à primeira oportunidade.

segunda-feira, abril 11, 2011

Coelhos

Quando chego pela noite, encaro-os especados na beira da estrada indecisos no caminho a seguir. Geralmente, decidem-se pela travessia brusca ou atiram-se contra as cercas de arame procurando enfiar-se onde calha. Nervosos, sem rumo, os coelhos. São novitos, pouco refletidos, inseguros no caminho, a tentarem mostrar a eficácia de que são capazes em zigue-zagues sem fim, com passos rápidos e precipitados.
Algo de semelhante acontece ao outro Coelho, que agora escolheu um nobre sem tradição para lhe liderar uma lista que a primeira escolha tinha recusado. Nobre de segunda escolha e logo candidato a segunda figura do estado. Boa escolha para quem não quer  dar só um tiro no pé, mas auto-amputar-se sem demora!

sexta-feira, abril 08, 2011

Privilégios

No dicionário define-se como «Vantagem concedida a uma ou mais pessoas, com exclusão de outros e contra a regra geral: os privilégios da nobreza». Ainda uma herança de tempos de feudalismo, foram-se renovando, aperfeiçoando, atenuando também alguns, mas mesmo que muito decepados, resistem como as hidras.Chegam a estar dissimulados com o meio ambiente, mas estão lá em tudo o que resta de poder não controlado de forma objetiva e transparente. Acontece mesmo que na irracionalidade do destreino do pensamento, pode até acontecer que os próprios beneficiários já nem disso dêem conta de tal forma os incorporaram nos seus direitos naturais, que isto da natureza humana tem muito que se lhe diga. Enchem os dias das gentes e são trasnversais aos níveis sociais. Aliás, os níveis sociais só se percebem porque eles existem e só eles os justificam e mantêm. Momentos há na história em que têm crises de atenuação determinadas pelas circunstâncias e importa, que nessas alturas, o regulador da nova ordem não faça desaparecer uns para acentuar outros. Este é um momento onde isso pode acontecer se não se for suficientemente vigilante.

quinta-feira, abril 07, 2011

Salvadores

Afinal a crise está a ser resolvida. Os desempregados, os reformados e todos os enrascados, conhecedores do funcionamento destas coisas, tinham comprado, na véspera, acções da Banca aos milhões,  saindo dessa forma da situação desesperada em que se encontravam.
PSDPSPSDPSPSD (ler ao longo dos últimos 30 anos pela ordem que se achar melhor com mais ou menos D é igual) fizeram, mais uma vez, a opção certa  e o país vai em frente (depois de estar na beira do precipício).
(foto roubada no Público online)

quarta-feira, abril 06, 2011

Ao Fundo!


Meu país meu pais
Do céu límpido calmo
De campos cultivados
De praias e montanhas.

É para ti meu canto
A minha esperança.

Ouço a tua voz triste
Oh, meu país sem culpa
Ouço-a nos dias mornos
No amanhecer cinzento.

E é para ti meu canto
A minha esperança.

Meu país onde a traição domina
E o medo assoma nas encruzilhadas
Meu país de prisões e covardias
E de ladrões de estradas.

Meu país de operários
Cavadores, marinheiros
Meu país de mãos grossas
Plebeu, sensual, resistente.

É para ti meu canto
A minha esperança.

Para ti meu país
Levanto a minha voz sobre o silêncio
Desta noite de angústias
E de medos.

Nada pode calar
O nosso riso aberto
Ei-lo que invade
A terra portuguesa
E vozes juvenis formam o coro.

Por isso é para ti meu canto
A minha esperança.

Já ouço passos,
Vêem na distância
Desfraldando bandeiras e cantando
E é para ti oh! meu país liberto
O seu canto de esperança e claridade



(Daniel Filipe)

sexta-feira, abril 01, 2011

Perguntas

Duas perguntas:
  1. Quanto tempo sobreviveu a Humanidade sem a Banca e o poder financeiro?
  2. Quanto tempo mais sobreviverá a Humanidade com a Banca e o Poder Financeiro?
Qualquer estratégia de vitória, exige a definição concreta do inimigo principal. Identificado o alvo, o passo seguinte é acertar-lhe e liquidá-lo. Na luta pela sobrevivência não há limites para o arsenal.