sexta-feira, agosto 29, 2008

A mulher que vem do frio

Há esta forte ideia de fazer a coisa à medida do cliente de acordo com as boas instruções dos markteers. Despudoradamente, na política Imperial, já não se discutem estratégias ou ideais (as ideias já tinham sido há muito abandonadas, quando se concluiu que o Mercado é a única regra válida). Agora procura-se o perfil do candidato por medida, pronto a usar. Acharam que a coisa estava a ficar sisuda demais (qualquer dia já ninguém ia aos votos) e decidiram que o enredo do filme (o que eles sabem é fazer fitas) devia ter para agradar ao público alvo, uma mistura de preto, mulher, jovem e menos jovem. Depois é só agitar bem e servir. Os dois cocktails estão preparados: um jovem mais um menos jovem e a mulher ficou de fora, mais um mais velho e uma mulher que também é jovem. As diferenças da vacuidade das propostas pouco importam. The show must go on. Pena é que não seja de consumo exclusivamente interno e tenhamos que pagar as consequências.

Idade(s)

É incrível o que se pretende roubar nas nossas noites. De madrugada, tentaram sacar-me o pneu suplente. Provavelmente, surpreendidos por algum movimento deixaram a obra a meio. E eu não entendo. Nunca me passaria pela cabeça roubar um pneu a alguém.
Desde há algum tempo deixei de saber as soluções para o Mundo. Desconfio ser isso, o fim da juventude.
Cuidem-se, aqueles que só têm soluções para si próprios: estão irremediavelmente velhos.

quinta-feira, agosto 28, 2008

Pelas notícias

Não é que hoje faltem notícias. Mas olhando a avidez com que se fazem primeiras páginas das notícias da DECO, quando se faz algum estudo que acaba a denegrir qualquer disfunção do sector público, não deixo de estranhar que uma das manchetes da Revista da DECO, Dinheiro e direitos, tenha passado sem referência. Fala a dita de ALUNOS MAL PROTEGIDOS NAS ESCOLAS PRIVADAS. O silêncio foi de ouro, afinal a quem interessa a novidade?

Notícias do dia:
Até faz sentido, não é? A campanha americana é uma amostra sofisticada do negócio do marketing e já vale quase tudo. A administração Bush já foi também capaz de tudo, desde não apanhar o inimigo principal, manter campos de concentração, ver armas de destruição maciça que mais ninguém encontrou. Por que não mais esta aventura, de quem tem na vida uma atitude de fanatismo?
Até o Papa parece contagiado por algum fanatismo, quando se atira a promover obras de arte. O sapinho teria passado tão bem despercebido...


Resta-me no dia de hoje a lucidez bem-aventurada de Boaventura Sousa Santos no seu artigo de hoje da Visão: «Saúde do Serviço ao Negócio». Referindo-se à «indesejável» expansão da actividade do sector público da saúde, por frustrar as «legítimas» expectativas dos privados, escreveu: Imagine-se que a Polícia Judiciária pudesse ser accionada em tribunal por, ao ampliar os seus serviços de investigação, estar a violar as legítimas expectativas dos detectives particulares? Também não irá ser citado. Para isso, temos o Professor Marcelo e as suas fantásticas análises.

quarta-feira, agosto 27, 2008

Naquele tempo em que não havia televisão

Naquele tempo em que não havia TV, que se fazia à noite? Apanhados de surpresa, não encontrámos as respostas mais objectivas. Agora me lembro que ouvia rádio, lia os vespertinos (Diário de Lisboa e/ou República) porque era um tempo em que líamos os jornais da tarde, fazíamos as palavras cruzadas e em dias de serão mais prolongado, havia a Rádio Moscovo ou a Rádio Portugal Livre para ouvir. Com um copo de água em cima para afastar as detecções do inimigo. Às vezes, jogava-se a bisca,à sueca ou dominó.
Era tudo muito lento, bem provado. Muito diferente das séries de crimes em série dos dias de hoje. Na lentidão havia tempo de pensar, o que era uma vantagem comparativamente à vertigem de agora. De alguma forma planeávamos a acção, não nos limitando a reagir.

terça-feira, agosto 26, 2008

Fico Zon(zo)


Quando faço compras em Marraqueche já sei como é: regatear, é fundamental. Quando compro alguma coisa nos Estados Unidos, sei que o débito do cartão é sempre mais que o valor da compra (não põem à mostra o custos dos Impostos). Na Europa e em Portugal (que é uma terra que fica na cauda da dita), estou habituado a pagar o preço que me apresentam e sempre identifiquei isso como prova de civilização, de transparência e honestidade. Os tempos estão a mudar.
Depois de passar os olhos pelo site da empresa, dei conta que estava a pagar uma enormidade pela assinatura de um pacote triplo de fornecimento de TV, Internet e telefone, que tinha subscrito na PT Multimédia, entretanto rebaptizada de Zon (hoje percebi o sentido da mudança!). Em resumo, verifiquei que a prestação do serviço que tenho é feita aos novos clientes cerca de 25% abaixo do que estava a pagar!!! São os custos de ser um cliente fiel. Esta gente não premeia a fidelidade, privilegiando a caça ao novo cliente. Depois de meia hora a saltitar entre atendedores de call center ultra-especializados como diria o Engº Sócrates (na verdade são-no porque só sabem responder a uma coisa pequenina de cada vez e agarrados a uma lista de respostas, desabituaram-se de pensar), lá me encaminharam para alguém com quem já era possível um diálogo e me explicou que agora a Zon funciona como o mercado em Marraqueche: de tempos a tempos, o melhor é regatear e solicitar os descontos previstos, mas não automaticamente fornecidos aos clientes. E foi desta forma árabe de negociação que hoje reduzi a prestação à Zon em cerca de 20€ por mês!! Dito de outra maneira, a Zon estava a apropriar-se (qual a diferença para roubar?) mensalmente de 20 € à minha custa. Vezes não sei quantos, está-se a ver a geração de valor na Organização. Gerar valor, não é? Que produto acrescentaram? Nada, sacaram apenas os nossos valores, o que em linguagem corrente se diz, roubaram-nos! Estas coisas põem-me Zon(zo)!

sexta-feira, agosto 22, 2008

quinta-feira, agosto 21, 2008

Todos iguais

Esteticamente, um belo salto de um cidadão descontraído e bem disposto: é do Benfica!
Super Presidente (agarrado a Maria num casamento sem fim) felicita o português nascido na Costa do Marfim. Não o tinha podido fazer antes com a portuguesa nascida em São Tomé, nem com o outro nascido na Nigéria. Mas hoje, não é dia de raças e os parabéns são merecidos. Finalmente, a Pátria está salva. A partir de agora todos os assaltantes de carrinhas de valores, bancos, automóveis e o mais que possa haver, têm de se pôr rapidamente ao fresco, que o país tem um homem com passos de quase 6 metros...
Moral da história: quando africano ganha é herói nacional, quando mora no subúrbio não passa de preto.

Os roubos dos bancos

Ao longo dos tempo criou-se a ideia certa ou errada que gentes de baixos rendimentos teriam de receber as suas pensões na Caixa Geral de Depósitos. Ter lá uma conta aberta era também necessário para se reaverem os retornos de pagamentos de algumas despesas de saúde relacionados com a ADSE.
O que resta da banca nacionalizada com o pretexto de ter de viver no mundo real da concorrência, há algum tempo, estabeleceu a criação de despesas de manutenção de conta, cobrando 10 euros de 3 em 3 meses e depois 13 euros de 3 em 3 meses a quem não tenha em património os mínimos exigidos. Dadas as características de muitas das contas de DO obrigatoriamente abertas neste banco, não é difícil imaginar os resultados das esperteza desta medida de gestão e a geração de valor que causará. Numa época de desmaterialização (nem sequer há envio de extractos bancários) em que as contas são bits acumulados me reservas de informação quase infinitas, o que será a despesa de manutenção? Mais de 50 € por ano. Será pouco, mas tem de se considerar a natureza das contas a que se aplica.
Quando entramos num banco, nos dias que correm, não há só o risco do mediático roubo no Banco, há outro roubo bem mais persistente, silencioso, quase despercebido: o roubo do banco.
Nota: O fenómeno ocorre também noutros bancos conforme experiência recente tida no Barclays, isto é, trata-se de um esquema de que também é usado no sector privado. Mas aí já é de esperar dada a conhecida eficiência do sector.

quarta-feira, agosto 20, 2008

Sardinhada

A minha posição sobre as sardinhas enlatadas? Por amor de Deus, isso não são coisas que se perguntem a alguém como eu. Há por aí opinadores científicos habituados (habilitados?) a debitar sobre todas estas matérias. Há um estudo em curso sobre os seus efeitos no prolongamento da vida? Não me parece ponto de análise que seja de valorizar. Só me interessam os efeitos na redução da jornada de trabalho, no aumento do período de férias, na diminuição do desemprego e coisas deste teor. Isto é, não dou relevância à quantidade de anos de vida, mas à quantidade de vida nos anos. Este era um tema importante para abordagem jornalística, agora as sardinhas enlatadas, francamente, só devem interessar aos Ramirez... e os escribas deviam reflectir um pouco mais nas notícias que dão.
Quanto às sardinhas, que posição? Deitadas sobre broa, mas assadas se faz favor.

terça-feira, agosto 19, 2008

Longe


Nova Zelândia.
Dias há em que apetece estar do outro lado, longe das medalhas que não chegam, dos empregos criados através dos desempregos feitos, dos mutismos que nada vão mudar, felizmente. Pois, para pior já basta assim. A aurora vem longe. Do outro lado, existe, dourada no início dos dias.

domingo, agosto 17, 2008

Olhar

Foi fácil vê-lo ontem, ao lado da auto-estrada. Conhecido e anunciado. Mas, a capacidade de ver o nunca visto e que sempre ali vai estando escancarado à frente dos olhos. Quantos olhos viram a imagem, quantos anos foram necessários para ter sentido?
Sentir a anomalia, no silêncio da observação. Partilhá-la depois. Porque a compreensão do observado quase nunca será um acto de um homem só. Afinal as realizações são sempre muito mais colectivas e complexas. Só por grande necessidade de simplificação se atribuem as descobertas a homens isolados.
E quantas imagens óbvias aí andam que nos podem passar despercebidas se não houver já tempo de olhar o seu silêncio em silêncio.

sábado, agosto 16, 2008

A conveniência da ilusão

A minha avó, que era sábia, sempre me avisou para não acreditar que eles tinham chegado à lua. Aquilo era tudo montado, cinema, essa coisa mentirosa que substituía a verdade do teatro. E eu ficava triste, com pena dela, por o seu analfabetismo lhe não permitir ver a realidade através das interpostas imagens. Era uma época de verdade, em que era credível o que se via. Naqueles anos, ainda tínhamos a certeza de que o mundo estava a mudar, ainda o construíamos com um rumo sonhado. Aos poucos, porém, os tempos mudaram, não como a cantiga nos dizia e os ventos foram-se refazendo, apagando as respostas que o seu sopro nos trazia. Afinal, os homens novos eram tão velhos como os antigos e os muros que, estupidamente, ergueram caíram como teria de ser. Foi assim que chegámos ao fim do mundo e o liberalismo se instalou como verdade definitiva, deixando ao Mercado a realização de todas as questões da vida dos homens. Nessa altura acabaram os sonhos e instalaram-se as ilusões. E por elas vamos andando nos dias de hoje. Ainda.

A beleza e perfeição das coisas tornou-se mais importante que a sua verdade, que cedeu o seu espaço à ilusão. A realidade tornou-se aos poucos intolerável e foi substituída, com aceitação, pela mentira perfeitamente construída. Deve ser por isso que se prefere mostrar uma pequena chinesa a cantar com a voz de outra que, na verdade, tem os dentes tortos e os fogos de artifício são artificiais como nunca antes tinham sido. Pensando bem, a falsidade até estará adequada numa cerimónia de abertura de uns Jogos onde se disfarça de desporto o que somente é competição, desempenho irreal e inútil. Utilizam-se atletas para glória de poderes políticos e económicos. Venham medalhas que façam esquecer a crise ou mostrem a grandeza da China emergente, vendam-se mais sapatos e fatos de treino. Just do it até daqui a quatro anos. Por uma malga de arroz, os miúdos da Índia, Indonésia, Vietname e da China continuarão a produzir os fatos mágicos, os sapatos que têm asas e outros facilitadores de records. É isso que queremos e o marketing promoverá as «nossas necessidades».
Na realidade, a distância aumenta, o mundo dos ricos e dos pobres afasta-se, sem que uns e outros tenham disso percepção, ocupados na ilusão em que estão. E neste caldo germina e cresce a facilidade amoral, que conduz à realização do objectivo de enriquecimento rápido, a qualquer preço. Uns assaltarão bancos na busca dos milhares de euros que os libertem da miséria de forma fácil, outros, seus semelhantes, transmitirão a manipulação de reféns, em tempo real, arriscando mostrar a morte em directo, na busca das audiências que lhes assegurem receitas de milhões. Nuns e noutros a mesma falta de moral, mas só nuns a propriedade da ética, da elaboração das regras.
Vende-se, sem vergonha, a regra de que o Mercado tudo resolve e todos os equilíbrios nele serão encontrados. Mas quando as trapaças dos Bancos os levam ao nível da falência, recorre-se ao Estado salvador. Pagamos todos a despesa, depois dos proveitos terem ficado para os poucos, que causaram a ruína. Mais uma vez, a realidade foi bem diferente da ilusão que nos impingiram.
Deve ser porque a realidade é tão inconveniente, que a ilusão é tão necessária. Deve também ser esse o motivo, porque nos roubaram o sonho. Mas, felizmente, o sonho é estimulante e a ilusão frustrante. Possivelmente, por isso, ainda não chegámos ao fim da história.

terça-feira, agosto 12, 2008

Ekekheiria

I know not with what weapons World War III will be fought, but World War IV will be fought with sticks and stones.
Albert Einstein

Longe vão os tempos em que os jogos suspendiam as guerras. Agora, até parece que as facilitam. Oportunidade mediática para fazer passar despercebida uma agressão.

segunda-feira, agosto 11, 2008

O exemplo Maribel?

Quando são apanhados é assim. De nada lhes vale o argumento de que estariam em desvantagem competitiva face aos que não usam a estratégia auxiliadora do seu êxito. Vão para a rua e toda a gente fica a saber que fizeram batota.
Será que isto pode inspirar a Direcção Geral de Contribuições e Impostos?

sexta-feira, agosto 08, 2008

Anestesia

Há um triste hábito, nesta terra de amadores, de pedir aos transeuntes opiniões, que aos profissionais deveriam ser colocadas. E como este povinho não é de se ficar, sempre sai opinião. O desportista de bancada, opina sobre a táctica da equipa, o pai da criança sobre a qualidade dos cuidados de saúde prestados e sobre estratégias de prevenção da doença, o cidadão comum, julga de imediato o crime sem esperar pela decisão da justiça, os médicos opinam sobre a organização dos cuidados de saúde e por aí adiante. Como somos amadores, geralmente não procuramos os pareceres dos profissionais. São demasiado técnicos, diz-se, e o que se quer são opiniões fáceis, ainda que, geralmente, erradas, quando as coisas são, realmente, complexas.
Mas não pode deixar de se ter em conta que, quando se opina fácil e de forma impreparada, geralmente, mais do que o fácil, o que sai é o que é mais cómodo, mais conveniente para o opinador, ou seja, o que mais favorece os seus interesses. Em vez de se formar opinião fundamentada, obtemos apenas manifestações de interesses, por vezes bem obscuros. E mesmo que não haja a expressão de um desejo consciente expressando e criando uma vantagem pessoal, o que mais se consegue obter é uma expressão de emoção, que ainda assim, lá no fundo, traduz a forma de conseguir a satisfação dos desejos que a essa vantagem conduzem.
As opiniões dos impreparados são rápidas e definitivas. Julgam sem oportunidade de recurso ou de dúvida. Às vezes têm origem onde menos se espera, num Ministro da Administração Interna, que, cedendo inconscientemente às pressões de uso de autoridade à maneira de Paulo Portas, loga veio elogiar o comportamento de uma polícia, mesmo sem ter lido o relatório do inquérito dessa acção. Quando não dá jeito, é necessário ler o relatório detalhadamente, quando parece dar jeito, sai opinião de imediato.
Estranha-se é que, quem estuda as coisas da comunicação, não tenha espaço para o editorial, para a reflexão técnica e se deixe levar pela obtenção desta opinião pública fácil. Tão fácil, quanto absolutamente inútil. Ou será que o Império desta opinião, que tão válida é quanto a sua contrária, facilita o descrédito na existência da solução melhor permitindo a melhor aceitação do erro sistemático do poder? Funciona, assim, como uma espécie de anestesia.

SIC(k)

Hoje não houve quadratura do círculo, porque Por uma má notícia... eles vão até ao fim da rua, até ao fim do mundo. Hoje assim foi. Em directo, estivemos junto à morte em tempo real, com um locutor arrastando as palavras, tentando encontrá-las, sempre ultrapassado pelas imagens, mostradas despudoradamente. A pistola encostada na garganta, na cabeça. A tensão. O imprevisível do momento. Só por acaso, não assistimos à morte em directo dos reféns e também não vimos, porque o raio do ângulo da câmara não deixou ver, o abate dos sequestradores. Provavelmente, hoje, o video será dos mais observados nos youtubes da aldeia. Por agora, repetem-se até à exaustão, os tiros, os movimentos, a feliz fuga da refém.
Há algo de mórbido neste despudor face à morte, mas a verdade é que no próprio local se assistia da janela ao drama tornado espectáculo como em Roma se viam as lutas com os leões. A morte tem um poder fatal de atracção, há um prazer estranho no sangue. A SIC «limitou-se a levar o espectáculo» a todo o lado, democratizou a notícia. Repetiu as imagens, os sons, os ditos e, no fim, quase lamentou o comunicado RACIONAL da PSP. As feras queriam ainda mais emoção, sangue, se possível. SIC(K)NESS de informação.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Cada macaco no seu galho

Ronaldo pediu desculpa da sua aventura na gestão. Assumiu toda a responsabilidade. E se cada um fizesse aquilo que sabe fazer? Se os tecnicamente competentes, se limitassem a exercer com competência a sua função e se abstivessem de dar palpites sobre gestão? O Sr. Ferguson gere a equipa com padrões de excelência e não precisa de ser o elemento com mais habilidade técnica. É assim que as equipas ganham, cada um nos seus postos, de acordo com as suas capacidades. Assim, se obtêm os melhores resultados. Cada macaco no seu galho.

quarta-feira, agosto 06, 2008

Estado de espírito de quarta-feira

Agir por causas fica bem. Mas o motor das acções são geralmente outras coisas que não causas. Mas as causas enobrecem a acção, quando há coisas a esconder. O problema é que quanto mais se invocam as causas, mais as coisas se evidenciam.
Começo a ficar demasiado farto destas coisas. Ainda acabo a agir por causas!

terça-feira, agosto 05, 2008

Tempos

Recebi hoje, num desses mails que dão a volta às nossas caixas de correio, esta mensagem:
Times are bad.
Children no longer obey their parents, and everyone is writing a book.
- Marcus Tullius Cicero, 106 - 43 BCE

Será que os tempos mudam ou teremos nós pouco tempo para vermos além do nosso tempo infinitesimal? Há, na verdade, uma realidade bem maior do que a que nos é dado perceber. É, por isso, necessário um esforço para vermos mais além.