sexta-feira, maio 30, 2008

Desigualdades



From: ratbagradio, 4 weeks ago





"The world's 200 wealthiest people have as much money as about 40% of the global population, and yet 850 million people have to go
to bed hungry every night."

Hugo Chavez, Venezuela’s socialist president: “The problem is not the production of food … it is the economic, social and political model of the world. The capitalist model is in crisis.”


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quinta-feira, maio 29, 2008

Ouvindo por aí (como diria o outro)

Retirando a eventual, embora pouco provável, tragicomédia de uma reeleição de Santana Lopes, o debate dos candidatos à liderança do PSD tem sido curioso, mostrando, no campo da Saúde, algum esclarecimento adicional em termos das opções do liberalismo nesta área. Resumidamente, sai da cartola (não um coelho, mas de um Coelho) a ideia de que o Estado deve reduzir a oferta de serviços, deixando-se substituir pelos privados, que segundo a ilusão do gestor, fornecem o mesmo serviço a mais baixo custo.
Experiências pontuais que detecto em doentes meus observados em hospitais da moda, fazem-me duvidar dessa ideia. A imperiosa necessidade de facturar leva a um exorbitante consumo de meios auxiliares de diagnóstico para situações relativamente simples. Com isso, além do aumento de receitas, consegue-se junto do consumidor ignorante ( e não pagador) uma aceitação maior do serviço, porque lhe pedem muitos exames, dando a falsa sensação de melhoria de prestação de cuidados. Contribui-se para a divulgação de uma falsa qualidade da Medicina praticada, sofisticando o que é simples, gerando ansiedades decorrentes de exames com resultados potencialmente falsos-positivos. Ou seja dá-se a ideia de melhor serviço à custa de uma pior prática. Na verdade, não se custeiam os serviços pelo case-mix da situação, apontando-se somente para o pagamento por acto, o que pode rapidamente tornar-se catastrófico para entidades pagadoras como a ADSE. E se no que aos exames auxiliares diz respeito a coisa se pode colocar só em termos de custos económicos, relativamente às terapêuticas, nomeadamente as cirúrgicas, tudo pode vir a ter custos bem maiores. Deixar a regulação para a Ética da profissão será claramente suicida.
No campo da Saúde tem de haver um grande esforço de melhoria da gestão dos Serviços Públicos, tornando-os altamente eficientes, mas não procurando substituí-los por alegadas panaceias do Privado ou do Mercado. O Mercado poderá funcionar quando existe alguém que vende alguma coisa a alguém que compra e o preço do bem é determinado pelos dois e pela concorrência. Na Saúde quem vende está numa posição de vantagem sobre quem compra, porque domina o conhecimento sobre a situação em causa. É ele quem define o que é preciso fazer! Embora bastasse isso para inviabilizar a transação mercantil, acresce que quem compra (o doente) não é exactamente um comprador, porque não é ele directamente quem paga, mas uma terceira entidade. No Público, o prescritor, pela sua independência de relação com o pagador real (maioritariamente o Estado), tem uma liberdade de pedagogia sobre o consumidor, contrariando o desejo consumista, que pode induzir poupança de recursos. No Privado, o prescritor, dependendo directamente das vendas, perde essa liberdade e pode facilmente ser um agente de estímulo do consumo.
Venha uma sã concorrência público-privado na Saúde, mas sem truques e com boa regulação. Depois, que vença quem for mais eficiente. Só, assim, ganhará quem importa que vença: o doente.

terça-feira, maio 27, 2008

Socialismo na gaveta e de plástico

Ele que um belo dia meteu o Socialismo na gaveta, descobriu agora que as desigualdades são preocupantes. Coerentemente, Mário Soares, não está genuinamente preocupado com a realidade das desigualdades. Com isso viveria ele muito bem. Lendo cuidadosamente o artigo, a grande preocupação do arrumador do Socialismo é avisar dos perigos (para quem, está bem de ver) que essa desigualdade pode acarretar. «Quem vos avisa, vosso amigo é», repete. Descobriu agora que «não serão os privados que irão lutar seriamente contra a pobreza e reduzir drasticamente as desigualdades» e que por isso é preciso fortalecer o Estado.
Pois será. Mas esta mensagem não joga de forma alguma com a obsessão da baixa dos Impostos, que o liberalismo selvagem apregoa a toda a hora. Realmente se os privados não têm vocação de resolver a desigualdade, resta ao Estado diminuir-lhes a riqueza e investi-la decentemente reduzindo as diferenças.
Ao mesmo tempo o Governo diz que não dorme, como se houvesse necessidade de afirmar ciclos de vida no «socialismo de plástico criado por agências de publicidade». Não dorme, nem está acordado, faz de conta. Menos que vegetal, de plástico. Poluente, simplesmente.

quinta-feira, maio 15, 2008

139

139 dias a trabalhar para pagar os Impostos!!
Quantos milhões trabalham todos os dias ou estão desempregados, recebem menos do que o ordenado mínimo e, por isso, não trabalham qualquer dia para pagar impostos?
Quantos dias trabalham os suecos por ano para pagar impostos? Parece que têm de continuar a trabalhar até meados de Junho...
A questão não é pagar ou não impostos, mas o que deixamos fazer que nos façam com o que pagamos.

quarta-feira, maio 14, 2008

O fumo de Sócrates

Possivelmente um bufo a quem até terão pago a viagem, deu a notícia de que Sócrates fumou. Preocupação nacional. Não pela existência de um bufo na comitiva, mas certamente pela saúde do PM. Mas se há tanto mal estar pelo que o homem faz, por que se preocupam que fume? Deviam era incentivá-lo a fumar mais e mais.
Patético é que tenha vindo pedir desculpa. Será que pensa que alguém lhe segue o exemplo?