sexta-feira, abril 18, 2008

Investir em Saúde

Numa newsletter de um Banco apontam-se algumas realidades. Como se pode inferir, investir em Saúde pode ser um bom negócio, muito mais do que promovê-la, prevenindo as doenças.Subjacente há um desejo de doença quando se investe assim na Saúde... Como soa, agora, diferente a expressão investir em saúde! Transcrevo para memória futura (sublinhados meus).

«O sector de Cuidados de Saúde

O sector de cuidados de saúde é, em si mesmo, muito diversificado. Com efeito, engloba todo o tipo de indústria que investigue, fabrique, comercialize, prescreva ou aplique produtos ou serviços cujo objectivo principal seja a manutenção ou melhoria da saúde dos indivíduos. É por isso natural que, para mais fácil identificação e estudo, seja dividido em várias indústrias, de que são exemplos a biotecnologia, grandes fabricantes de medicamentos, médios e pequenos fabricantes, fabricantes de genéricos, distribuidores de medicamentos, prestadores de serviços (hospitais, clínicas e outros), fabricantes e comerciantes de equipamento médico, fabricantes e comerciantes de instrumentos e mantimentos médicos, laboratórios e investigação médica e, finalmente, empresas de suporte.

Em conjunto, os cuidados de saúde são um dos maiores sectores da economia mundial, representando anualmente cerca de 8 a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) da larga maioria dos países desenvolvidos, não só pela dimensão que tem, representando uma capitalização bolsista superior a 2.100 mil milhões de dólares (USD) só nos EUA, como pelo constante investimento público e privado que supera anualmente os 3.200 mil milhões de euros a nível mundial. Por outro lado, numa conjuntura económica adversa, os cuidados de saúde registaram no 4º trimestre de 2007 um crescimento de earnings per share (EPS) na ordem dos dois dígitos, contrariando os crescimentos de um dígito que se verificaram nos restantes sectores, assim como um crescimento de proveitos acima de 17%. No mesmo sentido, nas previsões dos analistas para 2009, o sector de cuidados de saúde é um de apenas três com maior número de revisões em alta do que em baixa.

Estes dados resultam, em grande parte, da maior capacidade do sector em resistir às condições económicas adversas, uma vez que os consumidores dificilmente deixarão de tomar medicamentos, de ir a consultas ou, no fundo, de cuidarem do seu bem-estar. (....)

Perspectivas para o Sector

O futuro dos cuidados de saúde dependerá fundamentalmente da evolução demográfica, do desenvolvimento económico dos países emergentes e do crescente investimento no sector.

1. Demográfico
A população mundial está a aumentar (estimando-se um crescimento na ordem dos 30% nos próximos 15 anos, sobretudo nas zonas com maiores lacunas de cuidados de saúde como são África, Índia e China) e a envelhecer (com o aumento da esperança de vida, especialmente nos países desenvolvidos). É de notar também que o envelhecimento da população nestes países significa não só uma maior base de clientes como também um potencial aumento de procura, visto que os indivíduos acima dos 65 anos são os que mais consomem os produtos e utilizam os serviços do sector (em destaque os EUA, onde o consumo de medicamentos nesta faixa etária chega a ser quatro vezes superior às restantes).

2. Desenvolvimento económico
À medida que vários países em vias de desenvolvimento crescem economicamente, uma boa parte da sua população atingirá segmentos sociais médio-altos, resultando numa maior despesa com produtos de cuidados de saúde. Por outro lado, o desenvolvimentos dos mercados emergentes levará à entrada na classe média de milhões de novos consumidores, agora com rendimentos suficientes para consumir vários produtos do sector. Espera-se que o crescimento das despesas com cuidados de saúde venha a ser mais rápido nos mercados da Europa de Leste e da Ásia, uma vez o poder de compra é, já hoje, mais elevado do que noutras regiões emergentes.

3. Investimento em Cuidados de Saúde
Conforme mencionado acima, o sector representa já uma fatia significativa do PIB de vários países, e prevê-se que esses valores venham a subir, tendo em conta não só os factores demográficos e de desenvolvimento económico mas também a necessidade de desenvolvimento tecnológico e de investigação científica. A nível de exemplo, espera-se que as despesas com cuidados de saúde nos EUA venham a duplicar entre 2007 e 2017.

Oportunidades nos Sub-sectores

Ainda que muito vasto, o sector dos cuidados de saúde retira, em grande parte, a sua dimensão de algumas indústrias bastante conhecidas, como são as Grandes Farmacêuticas, que representam cerca de metade da capitalização bolsista de todo o sector. (....)
Embora possa ter a maior capitalização bolsista e o melhor retorno, as Grandes Farmacêuticas têm grandes desafios para o futuro, que resultam não só do facto de terem mais patentes prestes a expirar que novos medicamentos em desenvolvimento, como de legislação cada vez mais apertada, o que aumenta os custos de investigação. É também necessário ter presente que há duas áreas a canibalizar de certa forma o terreno das grandes farmacêuticas: a indústria dos Genéricos e a indústria da Biotecnologia.

A indústria de Genéricos

Os genéricos são, de momento, um mercado bastante interessante que, embora ainda pequeno em comparação com o seu principal rival (as Grandes Farmacêuticas) apresenta já retornos expressivos. Além de beneficiarem potencialmente com as perspectivas para o sector de cuidados de saúde, acima referidas, os genéricos estão, cada vez mais, a ganhar mercado, como resultado do preço substancialmente mais baixo dos produtos que vendem em relação aos produtos das Grandes Farmacêuticas (devido ao processo de reverse engeneering, através do qual decompõem o medicamento por forma a determinar a sua composição química, aproveitando assim todo o processo de investigação já efectuado), e também graças ao aumento do nível de informação dos consumidores quanto aos genéricos.

Uma das maiores oportunidades de crescimento detectadas para a indústria dos genéricos está no mercado japonês, atendendo à reduzida taxa de penetração face a outros mercados desenvolvidos e à regulamentação que deverá surgir brevemente, impondo a utilização de genéricos em vários casos, estimando, assim, que este mercado duplique até 2010 e seja seis vezes o tamanho actual até 2025.

Existe também um grande tendência para consolidação, visto que a indústria é altamente fragmentada, e prevêem-se oportunidades de sinergias a longo prazo em qualquer acção de fusão ou aquisição, especialmente possível se levarmos em conta o crescimento do mercado.

A indústria da Biotecnologia

As empresas de biotecnologia partilham, em grande parte, o objectivo de desenvolver medicamentos sujeitos a receita médica com as Grandes Farmacêuticas, contudo, centram-se maioritariamente na investigação e desenvolvimento dos mesmos, utilizando meios biotecnológicos, como são exemplos a utilização de organismos biológicos para produzir antibióticos e a engenharia de curas através de manipulação genética(...)

A vantagem competitiva da indústria de biotecnologia reside na sua capacidade de inovação, estimando-se que cerca de 40% de todos os medicamentos actualmente aprovados pela entidade competente nos EUA (FDA) tenham origem nas empresas de biotecnologia, o que permite que as taxas de crescimento das suas vendas (20% ao ano) sejam claramente superiores às das Grandes Farmacêuticas (5% ao ano).

Tal como nos genéricos, há uma grande tendência para consolidação do mercado, tendo sido inclusivamente estabelecidos recordes de fusões e aquisições nos anos de 2006 e 2007, com prémios na ordem dos 50 e 70% sobre as cotações de mercado, uma boa parte pelas Grandes Farmacêuticas que sentem a pressão da concorrência nos novos produtos e vêem a vantagem em adquirir a experiência e inovação de algumas destas empresas.

Em conclusão...

Muito embora a opinião pública possa divergir quanto às oportunidades de crescimento ou ao retorno de qualquer investimento feito no sector de cuidados de saúde, o facto é que este representa, já hoje, uma fatia significativa do investimento dos governos nos países desenvolvidos e, como vimos, alguns factores apontam para que este tenha tendência a crescer também nos restantes países.

Os receios que rodeiam as grandes indústrias dentro do sector estão longe de serem definitivamente mitigados, mas, quer pela importância do sector, quer pelas possíveis oportunidades em novas e mais pequenas indústrias, que surgem como autênticos nichos de mercado, com alto potencial de crescimento, merecerá certamente um olhar atento de qualquer investidor que pretenda tirar proveito do crescimento de uma área que implica directamente com as necessidades mais básicas do ser humano...»

quinta-feira, abril 17, 2008

Contos de Hoffman

Um dos riscos destes tempos é aceitarmos óculos mais ou menos mágicos que nos fazem ver o que queremos no artifício que nos apresentam. O sistema funciona gerando algum prazer e encantamento até que alguma perturbação lhe aconteça. Aí pode a visão desfazer-se em pedaços, qual Olympia, e ficarmos expostos à galhofa colectiva.
Na pressa dos dias, os criadores de autómatos quase perfeitos, mais não precisam que os substituir por outros quase iguais, que, na debilidade das memórias, podemos julgar ser diferentes. Avança-se, assim, de frutração em frustração na sucessão do tempo.
Na verdade, enganador não é o autómato, mas quem o produz. Mudam-se assim, os ministros, para preservação dos reais poderes.

terça-feira, abril 15, 2008

A Saúde não pode ser encarada como um negócio ou sector lucrativo

Será que temos mulher? Pelo menos, já está a irritar o inimigo, o que sempre é sinal de alguma inquietação e eventual eficácia.
Atribuir os ganhos em saúde ao investimento (cada vez mais em marketing) dos privados do sector é, no mínimo, leviano. Os grandes progressos em Saúde estão associados à melhoria das condições de vida e toda a pressão do marketing sobre novos medicamentos e dispositivos é, com frequência, mais danosa do que eficiente. Relativamente aos prestadores privados, é importante saber se o fundamental para quem está doente é ter um menú com várias hipóteses de almoço e acesso à Internet e TV por cabo ou ter disponível assitência médica permanente e real.
O que a Saúde precisa não é de ser convertida em negócio de privados, mas de melhor e mais rigorosa gestão pública com vista a reduzir o desperdício. O modelo americano que deixa à porta dos hospitais quase um terço da população é um modelo falido, que importa não reproduzir.

quinta-feira, abril 10, 2008

Pão nosso

Pão nosso, de cada dia, nos dai hoje. Mas não é para pôr o carrito a andar. Não nos deixeis cair na tentação da facilidade da selva.
Pode não ser sensato fazer andar o automóvel a pão de Mafra.
Na volta, a fome ainda faz fogueiras com os carritos.

terça-feira, abril 08, 2008

Rústicos finalmente




Rústico: «diz-se do ser vivo que resiste às intempéries» (Dicionário Porto Editora)

domingo, abril 06, 2008

Outsourcing

Entregar ao Privado a gestão do Público é uma estratégia de outsourcing. Ora, como é sabido, o outsourcing, apesar de tornar possível a concentração no core business, faz perder o controlo e a coordenação de pessoas e recursos. Por isso, mandam os manuais que, por uma questão de escala, quando as transações são mais altas, a organização deve optar por fazer por si e crescer.
As altíssimas transações neste sector impõem o dever aqueles que gerem os dinheiros públicos, de controlarem e serem eficientes. Esta é uam área onde o outsourcing nos prejudica a todos, sempre para o benefício de uns poucos.

Democracia

Democracia é o poder de uma maioria de ignorantes escolher a minoria que melhor os engana.

O Tomás e o Balaio

Das leituras de fim de semana noto a coincidência de dois temas sobre jovens contemporâneos, o Tomás e o Balaio. A notícia do Tomás está disponível no link da Visão, a do Balaio é publicada no Sol e não está acessível em versão electrónica. O Balaio tem 20 anos, aos 13 foi abandonado pela mãe que se prostituia, é amigo dos ciganos e está preso por ligações ao pequeno comércio da droga e por roubos para alimentar a dependência. Tem um olhar vivo e fura-vidas. Mas tem a vida furada. É Balaio porque já o pai andava de balaio (cestinha) a acompanhar a mãe na venda do peixe e por causa de outros encontros que foi tendo vida fora.
O Tomás tem 18 anos, não foi aluno excepcional e, possivelmente por isso, não o aceitaram em Oxford, tem olhar vivo como o Balaio, tem a cassete da cartilha do Mercado entranhada nos neurónios. Apresentam-no como um pequeno génio da geração de valor. É capa de revista porque o avô é o Engenheiro Belmiro. (Ou não! porque um tão grande destaque numa revista de referência, dificilmente é inocente. Mais parece ser uma operação de marketing de qualquer coisa (ainda confidencial) que irá sair em breve. A ver se vai.)
O engraçado para mim, foi a coincidência das notícias de dois jovens tão diferentes numa sociedade que afirma querer dar a todos as mesmas hipóteses e persiste na desenvergonhada mentira de afirmar a igualdade de oportunidades para todos. É por estas e por outras, Tomás(es), que o Estado é fundamental e tem de ser forte, é, por estas e por outras, que os Impostos não são um mal em si. Realmente, a bondade e a maldade não são realidades a preto e branco e, lá bem no fundo, somos todos bastante iguais.As diferenças explicam-se pelos balaios (cestinhas ou alcofinhas) onde andámos.

sábado, abril 05, 2008

É possível a mudança

Continua-se no caminho da facilidade e da reacção. É-se contra sem se dizer aquilo por que se é a favor. Ou de uma forma insana, quer-se a mudança, desde que se não mude nada. Quer-se manter o acesso de 5 doentes por noite a um serviço ao pé da porta, querem-se manter abertas as portas de maternidades sem recursos nem movimento que os justifiquem? Não há imaginação para mais um pouco ou a que existe é apenas e só para acentuar o desperdício?
Explorar reacções primárias, só por si, nunca será um caminho de revolucionários, porque a transformação surge com ideias novas e, com a contestação da transformação, ainda que experimental, do que está obviamente mal, não se muda rigorosamente nada. Afinal, apenas se pede a manutenção do existente como se vivessemos no melhor dos mundos.
As manifs vão ter bandeiras, gritos e protestos de raiva, mas falta-lhes a imaginação. Há 40 anos em Paris, queria-se levar a imaginação ao poder. E nada ficou como dantes ao ponto do senhor Sarkozy querer, ainda agora, acabar com o Maio de 68. Certas manifs de hoje são apenas circulares alimentando apenas a sua existência. Nada transformam, mais parecem querer manter o disfuncional.
Quando se promoverá, a sério, o funcionamento racional e eficiente do SNS? Quando se discutirá o erro histórico de entregar aos privados o sector da saúde? Quando se equacionará o fim da promiscuidade público-privado?
É realmente preciso mudar, não mantendo o que existia. SFF. E nós podemos mudar, se percebermos que o caminho não é o da facilidade!

sexta-feira, abril 04, 2008

Ho(spi)tel de Luz

Estava curioso relativamente a visita programada a este hospital, que o marketing apresenta como inovador e tecnologicamente avançado. O que vi, confirma alguma da estratégia de opção por tecnologia de ponta, a arquitectura é sedutora, à moda de hotel japonês, os relvados envolventes interessantes ao olhar. Os funcionários, na sua maioria jovens, são simpáticos, ensinaram-nos a dizer bom-dia a quem encontram. Ficam bem, certamente, nos folhetos e revistas promocionais. O verde soft das paredes, dá um ar de tranquilidade que associado à cor das batas dos funcionários, nos faz parecer estar num filme à maneira do ER.
Os hospitais têm uma função, assegurar cuidados de saúde aos doentes. Ali tudo parece estar preparado, à espera. Mas há um vazio incómodo nas salas de consultas, nas camas abandonadas nos pisos. Dir-se-ia que é um hospital fantástico, que mais parece um hospital fantasma. Faltam os doentes que lhes não transferem do sector público... ainda.
Assim, do que ainda mais gostei nesta visita, foi da confortante sensação que muito do que ali se vê, posso hoje em dia ver no hospital público em que estou. E aqui não faltam doentes. Que precisa o sector da saúde, hospitais funcionais ou hospitéis de Luz(xo), óptimos para fazer filmes?

quinta-feira, abril 03, 2008

Os pontos

Um ponto percentual para baixo, é insignificante. Um ponto para cima, dramático. Se calhar é mais rápida a transcrição para o preço quando o ponto aumenta do que quando diminui. Será? O tugaempresário é um ponto.
Aliás, há alguma analogia com o que se passa nas transferências bancárias: o débito é imediato, o crédito aparecerá depois. Entretanto, o montante transferido, desmaterializa-se durante um ou dois dias.

Maldita depuralina

As dietas não funcionam. Para o exercício, não há tempo e implica demasiada actividade para quem necessita descansar depois de um dia de trabalho. A obesidade é afinal um estigma dos explorados de hoje, que ainda não encontraram a forma de mudar a vida em que a sociedade da abundância de uns poucos os meteu. As causas da obesidade são a má alimentação e a falta de exercício. Nada se ganha em saber isso. A resolução da obesidade passa pelo ataque à causa das causas. Mas isso será uma Revolução! Tudo o resto é mero negócio de quem vende dietas, fármacos para tratar a obesidade, suplementos alimentares ou exercício.

quarta-feira, abril 02, 2008

Verdade ou mentira?

Certas expressões têm ressonâncias contrárias ao seu som. Contêm subentendido o verdadeiro sentido, mostrando uma capa do contrário. Acho que uma delas é o chamado «acordo de cavalheiros». Sempre que a ouço, percebo que estamos em presença de um acordo que tem algo de oculto, a que só os ditos cavalheiros (nobres) têm acesso. Há geralmente marosca na coisa ou seria simplesmente um acordo sem a necessidade de evocar atributos de garantia, neste caso, de nobreza.
Nos serviços de saúde, havia até agora um «acordo de cavalheiros» sobre o cumprimentop de horários. Com a introdução do ponto digital, deixou de haver necessidade do dito acordo, o processo ganhou transparência, clarificou-se. Não quer isto dizer que haja qualquer evidência de melhoria objectiva de produtividade decorrente da inovação. Pode ou não concordar-se com a medida, mas, uma coisa é certa, deixou de haver a necessidade do «acordo de cavalheiros». Ganha-se, pelo menos, em verdade.
Mas a verdade não é valor para a felicidade. O verdadeiro gozo anda mais pela artimanha conseguida, nada parece satisfazer mais do que a capacidade que se tem de ludibriar o próximo. É a cócega da emoção, que salga e adoça a vida.

terça-feira, abril 01, 2008

Mentira

Estranho que não haja hoje as mentiras de outros tempos. Era um dia de mentiras, talvez, porque nos outros, a verdade dominava. Na sociedade das imagens, a realidade tornou-se virtual. Habituámo-nos, por isso,a conviver no dia-a-dia com a mentira e o dia da mentira perdeu sentido. Será por isso, que hoje tivemos um dia sem mentiras diferentes das dos outros dias?